2012-07-03 17:14:23

Dom Moacyr Grecchi: "Missionário deve vir para aprender"


Santarém (RV) - Esta semana, de 2 a 6 de julho, a cidade paraense recebe os bispos dos regionais Norte 1, 2 e Noroeste da CNBB para o 10º Encontro da Igreja na Amazônia. O evento deve ser uma celebração e avaliação da caminhada da Igreja na região nos últimos 40 anos, inspirada pelo Documento de Santarém (1972).

Na avaliação do bispo emérito de Porto Velho (RO), Dom Moacyr Grecchi, o balanço que pode ser feito das últimas quatro décadas é positivo, inclusive pelos avanços na formação dos leigos, da pastoral indígena e da formação sociopolítica das comunidades. Entretanto, há antigos e novos desafios a serem enfrentados.

Em entrevista concedida ao site da CNBB, Dom Moacyr define o Documento de Santarém como “a carteira de identidade da Igreja da Amazônia”. Ele mostra como foi se conformando o nosso rosto, e como a Igreja foi tomando o rosto amazônida. A primeira prioridade é formação de agentes pastorais, em todos os níveis: desde o coroinha, o catequista, o bispo. A segunda prioridade foi a formação das comunidades de base: comunidades menores, base de uma Igreja local, onde se pode viver melhor o espírito das comunidades primitivas e receber os sacramentos. A terceira prioridade era a pastoral indigenista, e a quarta foi o incentivo à participação nas frentes pioneiras, como as estradas.

Na programação do 10º Encontro de Santarém, está prevista a coleta de sugestões para uma “Evangelização Encarnada, Missionária e Profética na Amazônia”. Dom Moacyr aponta: “A pior praga é um missionário que vem pra ensinar. Ele deve vir para aprender também, e assumir a Igreja daqui, que tem muita coisa para ensinar. É preciso preparar e formar o missionário, de preferência aqui, para que ele valorize o que temos de bom”.
(CM)








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