Cardiff (RV) – Representantes da Igreja Católica, da Comunhão Anglicana e da
Comunidade Ortodoxa de Gales enviaram nos últimos dias um documento comum ao Governo
galês em resposta ao informe oficial (‘White Paper’) relativo às propostas de lei
sobre a doação de órgãos e tecidos humanos.
Baseado em princípios sociais,
morais e éticos, o documento tem tópicos que abordam a preservação da dignidade e
a autonomia de toda pessoa, ressaltando que a doação de órgãos humanos, depois da
morte, é um ato de solidariedade, generosidade e amor ao próximo.
A preocupação
dos líderes cristãos é que os transplantes sejam caracterizados como ‘um dom’, e não
um ato coercitivo; e que não se confunda a doação voluntária com o consenso ‘presumível’.
Eles pedem ao Governo que reveja o processo e institua um comitê transversal que examine
todas as pesquisas realizadas nos últimos três anos a respeito.
O documento
enfrenta as propostas contidas no informe do Governo e se baseia na convicção de que
a doação de órgãos é um ato positivo profundamente cristão. “Quando órgãos são retirados
sem consenso, não se trata mais de doação” – escrevem. (CM)