2012-06-28 12:54:21

Síria: o grito de desespero da população de Homs


Homs (RV) - É cada vez mais terrível a situação dos civis no centro de Homs, na Síria. Os 400 civis cristãos bloqueados nos bairros de Hamidiyeh e Bustan Diwan, junto com outros 400 civis sunitas, lançaram um grito desesperado através dos sacerdotes sírios, das Igrejas cristãs presentes em Homs. Como confirmado à agência Fides pelos sacerdotes sírios de Homs , Padre Abdallah Amaz, Padre Michel Naaman e Padre Maxime El Jamale, trata-se de famílias siro-católicas, greco-católicas e greco-ortodoxas, que vivem escondidas e esperam poder sair vivas de uma situação que está se tornando cada vez mais difícil e perigosa.

Nos últimos dias, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho, depois de longas negociações entre as partes beligerantes conseguiram obter um cessar-fogo, com a esperança de poder entrar na área e evacuar os civis dos bairros de Khalidiyah, Hamidiyeh e Bustan Diwan. Mas a trégua não foi respeitada e foi impossível realizar operações humanitárias. “Os civis não podem sair de seus esconderijos e estão aterrorizados. Há apenas uma padaria funcionando e apenas alguns, desafiando a sorte, saem de cada uma vez por dia para procurar alimentos. Enquanto isso, o exército sírio, nos últimos três dias, parece ter mudado sua estratégia: em vez dos bombardeios indiscriminados, entram na “área quente” com pequenas unidades militares para tentar expulsar os grupos rebeldes. Há a perspectiva agora de uma verdadeira guerrilha urbana.

Enquanto o país está dilacerado pelo conflito, iniciativas e encontros de paz estão se multiplicando, nascendo de modo espontâneo e independente; nos últimos dias um novo encontro envolveu líderes civis, líderes religiosos moderados, cristãos e muçulmanos, líderes tribais, cidadãos sunitas e alauítas do mosaico que compõe a sociedade síria, foi realizada em Deir Ezzor, na Província de Djazirah (leste da Síria), perto do rio Eufrates. O movimento, destacam as fontes da agência Fides, pretende dizer "Não" à guerra civil e afirma que não se pode continuar com um balanço de 40 a 100 vítimas por dia. (SP)









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