2012-06-28 12:51:57

Egito: cristãos preocupados pelo futuro


Cidade do Vaticano (RV) - O recém-eleito Presidente do Egito, Mohammed Morsi, está trabalhando para dar forma ao futuro governo do país, mas ainda deve ser desatado o nó da saída do poder da junta militar. Entretanto, enquanto continua válida a hipótese de um cargo no novo governo a Mohammed el Baradei, Prêmio Nobel e ex-diretor da Agência Atomica, Morsi recebeu os representantes da Igreja Copta e Católica, aos quais prometeu que todos os cidadãos egípcios serão tratados com igual dignidade, independentemente do credo religioso. A Rádio Vaticano conversou com Padre Rafic Griech, porta-voz da Igreja Católica egípcia.

R. A comunidade cristã no Egito está preocupada pelo fato que o novo presidente provém da parte islâmica egípcia, dos Irmãos muçulmanos. Estão preocupados não só por suas vidas, porque os cidadãos egípcios gostariam que seu país fosse um país pacífico, mas também porque temem um processo de islamização da sociedade egípcia: uma sociedade que era muito conhecida pela sua abertura, pela sua independência, pela sua criatividade principalmente na literatura, pela liberdade de ação ... Esperamos que na nova era que estamos vivendo, os cristãos possam encontrar justiça e não discriminação. Isto é o que o novo Presidente Morsi prometeu em diversas ocasiões, e novamente terça-feira, quando ele se reuniu com os bispos da Igreja Copta Ortodoxa. Nesta quarta-feira, ele encontrou a Igreja Católica do Egito, cujos expoentes foram ao palácio presidencial para apresentar as suas felicitações ao novo presidente e para um colóquio.

P. - Quais são os pontos principais que a hierarquia católica gostaria de discutir?
R. – Antes de tudo, justiça para todos os egípcios. Depois, que o novo presidente - como prometeu - ajude os pobres, os sem-teto, os analfabetos. Como se sabe, 40% da população do Egito vive abaixo da linha da pobreza. Isto é o que nós, como cristãos pedimos para o povo do Egito, muçulmanos ou cristãos que sejam: melhorar as condições de vida dos cidadãos, para que possamos sair da pobreza. Esta é uma das principais questões que os bispos querem enfrentar. (SP)








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