Papa aos bispos colombianos: "Acolher com amor pessoas que sofrem"

Cidade do Vaticano (RV) - Na manhã desta sexta-feira, 22, o Pontífice recebeu na Sala do Consistório, no Vaticano, um grupo de 37 bispos da Conferência Episcopal da Colômbia que estão realizando sua visita quinquenal ad Limina Apostolorum. O Presidente da Conferência, Arcebispo de Bogotá, Dom Rubén Salazar Gómez, abriu o encontro apresentando a Bento XVI as realidades e os desafios que mais preocupam as comunidades de fé colombianas.

Em resposta, o Papa disse estar consciente da atual crise de valores espirituais e morais, e neste sentido, incentivou os bispos a prosseguirem com tenacidade na atuação do Plano Global estabelecido pela Conferência para 2012-2020, assimilando também as propostas do Ano da Fé para ilustrar seu magistério e irrigar beneficamente seu apostolado.

Ao considerar o crescente pluralismo religioso, Bento XVI alertou que a presença cada vez mais ativa de comunidades pentecostais e evangélicas na Colômbia e em toda a América Latina não deve ser subestimada:

“Muitas vezes, a pessoa sincera que sai de nossa Igreja não o faz pelo que os grupos “não católicos” crêem, mas fundamentalmente por causa de como eles vivem; não por razões doutrinais, mas vivenciais; não por motivos estritamente dogmáticos, mas pastorais; não por problemas teológicos, mas metodológicos de nossa Igreja. Esperam encontrar respostas a suas inquietações. Procuram, não sem sérios perigos, responder a algumas aspirações que, quem sabe, não têm encontrado, como deveria ser, na Igreja”.

A seguir o Papa abordou a questão da violência, pedindo aos bispos que acompanhem e assistam amorosamente as pessoas provadas, de modo especial as vítimas de desastres naturais, as mais pobres, os camponeses, enfermos e aflitos, multiplicando as iniciativas de solidariedade e as obras de misericórdia em seu benefício.

“Não se esqueçam também daqueles que são forçados a emigrar de seu país porque perderam ou não encontraram trabalho; que têm seus direitos fundamentais avassalados, que deixam suas casas, famílias e filhos sob a ameaça da obscura mão do terror e da criminalidade; daqueles que caíram na rede infausta do comércio de drogas e armas”.

Finalizando, o Pontífice encorajou os pastores a favorecerem nos fiéis seu encontro pessoal com Jesus Cristo para que rezem sem desanimar, meditem com assiduidade a Palavra de Deus e participem digna e fervorosamente dos sacramentos.
(CM)