Homs (RV) – “Deixem-nos ir, em nome de Deus!”: é o apelo desesperado das famílias
cristãs e muçulmanas sunitas confinadas no centro histórico de Homs. São cerca de
800 civis, entre os quais mulheres, anciãos, jovens, crianças, portadores de deficiência
que hoje – como refere uma fonte da Fides engajada na tentativa de negociar – “correm
perigo de vida”. “Não possuem nada, vivem no pânico, estão em meio a bombardeios e
combates”.
As famílias que se encontram na cidade – conta a fonte da Fides
– lançam um apelo “por razões humanitárias”, pedindo ajuda das Nações Unidas, da Cruz
Vermelha, da Meia Lua Vermelha, para que suas vidas possam ser salvas. As famílias
se encontram nas áreas de Warsheh, Salibi, Bustan Diwan, Ozon, Hamidiyeh, Wadi Sayeh,
no coração de Homs. Atualmente, o exército sírio estaria disponível a um cessar-fogo
para a saída dos civis, mas uma das facções de rebeldes, entrincheirada na cidade,
liderada por Abou Maan, se recusa em permitir sua saída.
Os rebeldes temem
que, depois da saída dos civis, o exército sírio possa reforçar sua ofensiva no centro
da cidade. A situação está ainda paralisada, mas a condição destas famílias piora
de hora em hora. Os cerca de 400 cristãos são os últimos dos 800 que moravam em Homs
antes do início do conflito. (SP)