Santa Sé: Igreja é a voz dos oprimidos no Oriente Médio
Cidade do Vaticano (RV) - O Evangelho nos empenha a denunciar toda ferida infligida
ao homem, à sua consciência, à liberdade, inclusive religiosa, e à comunidade em que
vive. Este é um trecho da homilia pronunciada na manhã desta terça-feira, em Roma,
pelo Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Card. Leonardo Sandri, na
abertura da 85ª Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO).
A
verdadeira denúncia, afirma o Cardeal argentino, se nutre do amor de Deus, que, deste
modo, sempre encontra novas vias para difundir a caridade.
“O nosso pensamento
pela amada Síria se nutre dessas convicções evangélicas e começa com a oração, no
desejo e no propósito de confirmá-la com a concreta e total disponibilidade de aliviar
o mais possível os sofrimentos no corpo e no espírito. No cálice de Cristo, estão
recolhidas as lágrimas, especialmente dos mais indefesos e injustamente atingidos.
Que a serenidade da vida se restabeleça lá onde parecem reinar o lamento e o desespero
graças à oração e à ação de cada um em resposta ao Senhor Jesus.”
O Cardeal
Sandri recorda que os membros da ROACO são chamados a serem expressão luminosa da
caridade da Igreja entre os irmãos e as irmãs orientais. “Enquanto pedimos ao Senhor
que ouça a invocação do pobre, estamos por nossa vez à escuta das novas e antigas
pobrezas do nosso tempo?”, questiona o purpurado, que conclui afirmando que a Roaco
tenta fazer o possível para que se eleve uma voz em defesa daqueles que são oprimidos
e abandonam suas terras em lágrimas.
O encontro da ROACO vai reunir expoentes
da Igreja no Oriente Médio, como o Núncio em Israel, Dom Antonio Franco, e o Custódio
da Terra Santa, Fr. Pierrebatista Pizzaballa, instituições parceiras na região, como
Missio e Misereor. Um dos temas centrais do encontro será a situação na Síria
A
reunião anual da ROACO se conclui na quinta-feira, dia 21, com a audiência com o Santo
Padre.