2012-06-15 15:40:54

Prelatura pessoal em vista para reintegração de parte da Fraternidade Sacerdotal São Pio X


(14/06/12) Na sequência dos contactos existentes desde há anos, entre a Sede Apostólica de Roma e a chamada “Fraternidade Sacerdotal São Pio X” fundada por D. Marcel Lefèbvre, entrevê-se agora a criação de uma prelatura pessoal que possa sanar o cisma criado. Segundo declarou o porta-voz da Santa Sé, comentando os últimos contactos havidos esta semana, esta estrutura seria o “instrumento mais apropriado neste caso e permitiria o “reconhecimento canónico” daquela Fraternidade.
O superior da fraternidade, D. Bernard Fellay (foto), recebeu nesta quarta-feira um “projeto de documento” sobre a prelatura, após um encontro com o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal William Levada, e outros responsáveis do Vaticano encarregados do acompanhamento deste processo.
Objetivo do encontro foi “apresentar a avaliação da Santa Sé” a respeito do texto enviado em Abril pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X, em resposta ao preâmbulo doutrinal submetido a 14 de setembro de 2011 pela Congregação para a Doutrina da Fé, informa um comunicado oficial. O bispo Bernard Fellay “expôs, por seu lado, a situação atual” da fraternidade e “prometeu dar a conhecer a sua resposta num prazo razoável”.

O preâmbulo apresentado pelo Vaticano apresenta “certos princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”. Entre as questões que separam as duas partes destacam-se a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.

Recordamos que em março de 2009, Bento XVI enviou uma carta aos bispos de todo o mundo, para explicar para explicar a remissão das excomunhões de quatro bispos da Fraternidade São Pio X que tinham sido ordenados pelo arcebispo Lefèbvre, sem mandato pontifício, no ano de 1988.
Na altura, o Papa escreveu que "enquanto a Fraternidade não tiver uma posição canónica na Igreja, também os seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja (...) enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros (...) não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja".

Alguns dos bispos da Fraternidade São Pio X têm rejeitado publicamente a aproximação a Roma. A Santa Sé reafirmou agora que esses outros casos serão tratados “separada e individualmente”.
Após a reunião de quarta-feira, no Vaticano, “fizeram-se votos de que, graças a este momento suplementar de reflexão, se possa chegar à plena comunhão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Sé Apostólica”.









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