2012-06-13 12:52:40

Papa na Audiência Geral fala sobre o CEI na Irlanda, "ocasião de união para a Igreja"


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Cidade do Vaticano (RV) – Na Audiência Geral da manhã desta quarta-feira, Bento XVI recordou a todos os fiéis que está em andamento em Dublin, na Irlanda, o 50º Congresso Eucarístico Internacional, com o tema “A Eucaristia, Comunhão com Cristo e entre nós”. O Papa dirigiu seu pensamento e bênçãos à Igreja na Irlanda, lembrando que bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e leigos de vários continentes estão presentes em Dublin na semana de 10 a 17 de junho. Bento XVI enviou como Legado o Cardeal Marc Ouellet, Prefeito da Congregação para os Bispos.

O Congresso Eucarístico Internacional é uma preciosa ocasião para reafirmar a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja. Presente no Sacramento do Altar com o supremo Sacrifício de amor da Cruz, Jesus se doa a nós, fazendo-se alimento, assimilando-nos a Ele, fazendo-nos entrar em comunhão com Ele. E através desta comunhão, sentimo-nos unidos, tornamo-nos uma só coisa Nele, membros uns dos outros”.

O Papa nos convidou a unirmo-nos espiritualmente aos cristãos da Irlanda e do mundo, e a rezar pelos trabalhos do Congresso, a fim de que a Eucaristia seja sempre o coração pulsante da vida de toda a Igreja.

O bispo referencial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, no 50º Congresso Eucarístico Internacional é Dom Fernando Panico, de Crato, no Ceará. A participação brasileira é numerosa. Nossa colega Emer MacCarthy, correspondente da RV, contatou o Pe. José Mario da Silva. Missionário, há 13 anos trabalha no Peru; é Reitor da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, em Lima. É também o Superior Nacional dos Arautos do Evangelho no Peru, e explica como é vivida a adoração eucarística na América Latina.

Creio que isto é um verdadeiro dom de Deus, um dos maiores dons de Deus para a América. A América Latina é o continente do futuro, continente onde a fé está muito presente. Seja no Brasil, seja nos países de língua espanhola, quando caminhamos pelos vários países, encontramos verdadeiras manifestações de fé, e isto se deve, creio, ao grande esforço dos missionários que vieram da Europa para a América, os missionários espanhóis, os portugueses que derramaram seu sangue, deram o exemplo, e serviram para favorecer enormemente o desenvolvimento da fé em nossos países. A devoção ao Santíssimo Sacramento, a devoção a Nossa Senhora, a devoção aos santos; a devoção popular é algo que está realmente arraigado em nossos povos e preserva muito as nossas nações do ateísmo, do paganismo do mundo em que vivemos. Evidentemente há muitos problemas, mas é um terreno muito fértil onde podemos trabalhar”.

Mas como o faz todas as quartas-feiras, Bento XVI procedeu fazendo uma catequese, refletindo sobre a oração e tomando como inspiração as cartas de São Paulo. O Papa falou da experiência contemplativa e da força da oração a que se refere o Santo para legitimar sua condição de apóstolo do Evangelho.

Antes de anunciar Cristo, ele viveu em silêncio e contemplação. Sua mística não se baseava apenas em eventos excepcionais, mas no cotidiano e principalmente em sua intensa relação com o Senhor.

“Tudo posso naquele que me conforta”: com esta frase de São Paulo aos Coríntios, Bento XVI encorajou os 8 mil fiéis presentes na Sala Paulo VI.

Em um mundo em que corremos o risco de confiar somente na eficiência e na potência dos meios humanos, somos chamados a redescobrir e testemunhar a força da oração, com a qual crescemos diariamente conformando nossas vidas à de Cristo, que foi ‘crucificado em fraqueza, mas que vive pelo poder de Deus’”.

Estas são as palavras de Bento XVI, proferidas em português:

São Paulo recorda-nos que não passamos de «vasos de barro», onde Deus coloca a riqueza e a força da sua graça. Na oração, abrimos o coração ao Senhor, para que Ele venha habitar na nossa fragilidade e faça dela uma força para o Evangelho. À medida que nos deixamos habitar pelo Senhor, a nossa oração torna-se mais intensa e leva-nos a fixarmo-nos no essencial, sabendo que é Deus que atua através da nossa fraqueza. Somente se nos deixarmos arrebatar e possuir pelo amor de Cristo é que seremos capazes de enfrentar qualquer adversidade, como Paulo, seguros de que tudo podemos em Cristo que nos dá força. Num mundo que sugere confiar só na eficiência e na força dos meios humanos, somos chamados a descobrir e testemunhar a força da oração, pela qual a nossa vida se configura cada vez mais à de Cristo, que «foi crucificado na sua fraqueza, mas vive pelo poder de Deus»”.

“Amados peregrinos de língua portuguesa, de coração vos saúdo a todos, em particular ao grupo jovem de voluntariado animado pelos Salesianos de Macau e aos grupos brasileiros de Foz do Iguaçu e de Florianópolis: abri os vossos corações ao Senhor e dedicai as vossas vidas ao reino de Deus, que cresce na terra com o vosso serviço a favor dos mais desfavorecidos. O Senhor vos confirme no bem, com a sua graça! Em penhor da mesma, desça sobre vós, vossas famílias e comunidades cristãs a minha Bênção”.

Saudando os peregrinos poloneses, o Pontífice lembrou que a liturgia deste dia 13 de junho celebra Santo Antonio de Pádua, doutor da Igreja. Foi um notável pregador, teólogo, confessor, protetor dos pobres e dos sofredores. “Santo Antônio, com sua vida, e especialmente, com seu fecundo apostolado, nos ensinou o zelo evangélico” – recordou o Pontífice. No final do encontro, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.
(CM)








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