PIME em Santa Catarina: para muitos jovens, a missão começa na formação
Cidade
do Vaticano (RV) – Os dois últimos programas do Quadro Missão foram dedicados
ao trabalho que o Pontifício Instituto para as Missões Exteriores (PIME), realiza
há mais de 20 anos em Brusque, Santa Catarina, no Seminário Filosófico Missionário.
Nesta
quarta-feira, chegamos ao fim da série com a história do futuro missionário Roberto
José Pereira Lago de Souza, de 22 anos. Roberto nasceu em São Paulo mas cresceu no
interior da Bahia e, por isso, considera-se baiano. E foi ainda quando estava no nordeste
que descobriu sua vocação, graças ao grupo Infância e Juventude Missionária.
“Foi
dentro desse grupo que eu senti o ardor pela missão. E também porque minha paróquia
sempre se mostrou a propósito da missão. É uma paróquia de padres espanhóis que chegaram
lá em 1980. Então, sempre vivi nesse ambiente de missão”.
Mas o porquê de ser
missionário fora do país, uma vez que o Brasil ainda demonstra necessitar do trabalho
dos missionários?
“A Infância Missionária traz mesmo esse carisma da missão
ad-gentes. Eu descobri essa missão dentro da Infância Missionária. Mas essa
é uma pergunta pertinente. Eu vejo que a minha região precisa de muitos missionários.
Mas, hoje, o Brasil tem visto crescer o número de vocações. O Brasil já foi bastante
evangelizado e há outras necessidades por esse mundo afora. Como África e Ásia, por
exemplo, que precisam de muita evangelização”.
Um baiano no sul do Brasil
Roberto
diz não se assustar com os caminhos ainda mais distantes de casa que seguirá como
missionário. Para ele, o primeiro choque cultural já aconteceu.
“A nossa formação
é na região sul. O Brasil é muito grande com distintas realidades. Aqui já é totalmente
diferente então posso dizer que a missão já começou com a minha formação. Encontrei
aqui jovens de todas as regiões”.
Missão ad-gentes
"Dá
um susto quando a gente sai de casa. Mas, aos poucos, com muita oração e também com
ajuda dos nossos formadores, isso vai se escondendo mas o medo do novo existe ainda,
mas com a força de Deus, da oração e da formação isso vai se fortificando”.