2012-06-04 12:51:12

Dia Internacional das crianças vítimas de agressão: a Síria e os apelos da Santa Sé


Genebra (RV) - No dia 4 de junho celebra-se o “Dia internacional das crianças vítimas de agressão”, promovido pela ONU.

A Assembleia-Geral extraordinária das Nações Unidas se reuniu, em 19 de agosto de 1982, para debater a “Questão Palestina”. Perante o elevado número de crianças inocentes, vítimas do contexto de guerra com Israel, a Assembleia manifestou a sua consternação ao tomar a decisão de comemorar este Dia.

Desde 1986 que a data, 4 de junho, é assinalada. A finalidade é chamar a atenção para o sofrimento das crianças que, por todo o mundo, são vítimas de agressão física, mental e emocional. Afirmar, de igual modo, o comprometimento das Nações Unidas em proteger os Direitos das Crianças, e, ao mesmo tempo, reconhecer e encorajar o trabalho de todas as organizações ou indivíduos que se dedicam a esta causa.

Infelizmente, o fenômeno cresce em escala global. Todos os dias, crianças de todo o mundo são vítimas de abusos dos direitos humanos. Vítimas de escravatura, de guerras, prostituição e pornografia, de atividades ilícitas, sendo expostas a trabalhos perigosos como o das minas, manuseando máquinas agrícolas, ou químicos e pesticidas na agricultura. Estima-se que 218 milhões de crianças, entre os 5 e os 17 anos, são forçadas a trabalhar no setor agrícola (70%, a maior percentagem de trabalho infantil), excluindo o trabalho doméstico. Todos os anos 1,2 milhões de crianças são traficadas.

Um dos últimos episódios envolvendo crianças se verifica na guerra na Síria. Na semana passada, o Observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e Instituições internacionais em Genebra, Arcebispo Silvano M. Tomasi, se pronunciou a respeito na Sessão especial sobre “A deterioração da situação dos direitos humanos na República Árabe da Síria e os recentes assassinatos de Hula”.

“A delegação da Santa Sé condena firmemente o aumento dos atos de violência na Síria e, em especial, as mortes recentes em Hula. Este massacre de inocentes, entre os quais inúmeras crianças, é especialmente odioso e causa de grande dor para o Santo Padre e para toda a comunidade católica, assim como para a comunidade internacional, que expressou a sua condenação unânime. Direitos humanos fundamentais são violados e o risco de um intensificar-se do conflito requer um empenho firme de todas as partes ao diálogo com maior urgência”, afirmou.

No seu pronunciamento, o Arcebispo Tomasi relança “os repetidos apelos do Papa Bento XVI pelo fim da violência e o derramamento de sangue”, e exorta “todos os líderes das várias religiões, através da oração e da colaboração recíproca, a empenhar-se em promover a paz pelo bem de toda a comunidade”.

(BF)







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