Segundo dia de Bento XVI em Milão: encontro com o clero e consagrados
Milão (RV) - Segundo dia de Bento XVI em Milão para o VII Encontro Mundial
das Famílias. Nesta manhã de sábado Bento XVI presidiu na Catedral da cidade a celebração
da Hora Média com sacerdotes e religiosos. Depois se transferiu para o Estádio de
San Siro para o encontro com os crismandos. Na parte da tarde o Papa vai se encontrar
com as autoridades civis e, à noite, a Festa do testemunho no Parque de Bresso.
Ontem
à noite, o Santo Padre foi até Teatro La Scala de Milão, onde se realizou um concerto
especial. Organizado pelo superintendente do Teatro La Scala, Stéphane Lissner, Bento
XVI tomou o seu lugar na platéia. Protagonista o “Hino à alegria” de Beethoven, para
um evento dedicado às vítimas do terremoto na Emilia Romagna.
Na manhã deste
sábado como dissemos o Santo Padre foi até a Duomo de Milão para a celebração da Hora
Média com o clero, seminaristas e consagrados.
No discurso que dirigiu aos
presentes Bento XVI falou antes de tudo da sua alegria em poder se encontrar com eles,
agradecendo o Arcebispo da cidade Cardeal Angelo Scola, pelas palavras de acolhida.
Em seguida destacou que “a oração cotidiana da Liturgia das Horas constitui uma tarefa
essencial do ministério ordenado na Igreja.
Também através do Ofício Divino,
que prolonga no dia o mistério central da Eucaristia, os presbíteros estão de modo
particular unidos ao Senhor Jesus, vivo e operante no tempo. O Sacerdócio: como dom
precioso! Vocês queridos seminaristas – disse o Papa - que estão se preparando para
recebê-lo aprendam a apreciá-lo já agora e vivam com compromisso o tempo precioso
do Seminário!
Na sequência Bento XVI destacou o valor da caridade pastoral,
afirmando que é elemento unificador da vida que tem início de um relacionamento mais
íntimo com Cristo na oração para viver o dom total de si mesmo para o rebanho, de
modo que o povo de Deus cresça na comunhão com Deus e seja manifestação da comunhão
da Santíssima Trindade. Sinal luminoso desta caridade pastoral e de um coração não
dividido – sublinhou o Santo Padre – são o celibato sacerdotal e a virgindade consagrada.
Sem
dúvida, o amor por Jesus vale para todos os cristãos, mas adquire um significado especial
para o sacerdote celibatário e para quem respondeu ao chamado à vida consagrada; somente
e sempre em Cristo se encontra a fonte e o modelo para diariamente repetir o “sim”
à vontade de Deus.
O Papa agradeceu ainda aos sacerdotes e religiosas presentes
pelo testemunho que dão e os encorajou a olharem para o futuro com confiança, contando
sempre com a fidelidade de Deus e o poder da sua graça, capaz de realizar sempre novas
maravilhas. (SP)