2012-06-02 13:55:04

Papa presencia concerto no Teatro La Scala e recorda as vítimas do terremoto no norte da Itália


Milão (RV) – “A Nona Sinfonia de Beethoven nos permite lançar uma mensagem com a música que afirme o valor fundamental da solidariedade, da fraternidade e da paz”. Foi o que afirmou Bento no final do concerto oferecido, na noite desta sexta-feira, 1º de junho, pelo Teatro La Scala de Milão ao Pontífice e às delegações internacionais presentes no VII Encontro mundial das Famílias. Um evento do qual participaram também os Bispos das Dioceses emilianas atingidas pelos recentes terremotos.

“Sobre este concerto, que devia ser uma festa alegre por ocasião deste encontro de pessoas vindas de quase todas as nações do mundo – disse o Papa – existe a sombra do terremoto que trouxe grande sofrimento a tantos habitantes do nosso País”. Em honra deles a Orquestra e o Coro do Teatro, os quatro Solistas e o maestro Daniel Baraboim entoaram a Nona Sinfonia de Beethovem, obra que contém o Hino à alegria de Schiller, hino oficial da União Europeia.

“As palavras do Hino – explicou Bento XVI – ressoam como vazias para nós, parecem não verdadeiras”, porque estamos “paralisados pela dor por essa tamanha e incompreensível destruição que custou a vida de muitas pessoas e que destruiu a casa e a moradia de tantos nossos semelhantes”.

Diante do sofrimento do terremoto, o Papa quis lembrar a visita ao Teatro de Arturo Toscanini (grande maestro italiano do século passado,) durante o mês de maio de 1946 e a sua exclamação “é sempre a minha Scala”, disse isso após o prédio ter sdio reconstruído após a guerra.

“A reconstrução de La Scala – lembrou Bento XVI – foi um sinal de esperança para a retomada da vida de toda a cidade após as destruições da Guerra”. Apesar das dificuldades e os sofrimentos do terremoto, continuou o Pontífice, “não temos necessidade de um discurso irreal de um Deus distante e de uma fraternidade não comprometida. Estamos em busca de um Deus próximo. Buscamos uma fraternidade que, em meio aos sofrimentos, apoia o outro e assim ajuda a ir adiante”. E exatamente por isto “nos sentimos chamados a este concerto”. Um sinal de paz e fraternidade que vale também e, sobretudo, para as famílias.

“Parece-me que esta mensagem – continuou Bento XVI – seja preciosa também para a família, porque é na família que se experimenta pela primeira vez como a pessoa humana não seja criada para viver fechada em si mesma, mas em relação com os outros”. “É na família – concluiu o Pontífice – que se compreende como a realização de si não está em se colocar no centro, guiados pelo egoísmo, mas em se doar; é na família que se inicia a acender no coração a luz da paz para que ilumine este nosso mundo”. (SP)








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