2012-05-30 14:42:11

EMF: "O casal vivido a três, com Jesus Cristo sempre presente"


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Milão (RV) – “O casal vivido a três, com Jesus Cristo sempre presente.” Assim, o paroquiano Ronaldo, do RJ, da paróquia Divino Salvador, na Piedade, define a vida de casal. Ele está em Milão participando do VII Encontro Mundial das Famílias, e foi entrevistado pela correspondente do Programa Brasileiro, Cristiane Murray:

“Minha esposa e eu trabalhamos desde 2009 na Pastoral Familiar na Arquidiocese do RJ, e naquele ano estivemos no México, no VI EMF, e houve vários momentos de formação, de aprendizado e muitas coisas úteis que levamos às nossas vidas e também para ser colocado em prática no RJ e na Pastoral. Por isso, imaginamos que este EMF fosse no mesmo sentido. Viemos desde 2009 motivados, para levar ao Rio toda a riqueza que recebemos aqui.

São 12 anos de casados, mais 1 de noivado e 8 de namoro. Uma frase que ouvi do início do nosso namoro, de nosso sacerdote, foi que o namoro não deve ser a dois, mas vivido a três, colocando a pessoa de Jesus Cristo no meio do namoro. E assim procuramos fazer durante todo este período de namoro, noivado e casamento, e o fazemos até hoje, apesar de todas as dificuldades, colocando Cristo em nosso meio, com todos os exemplos que nos deu, nas fraquezas, nas dificuldades, mas ele, caminhando ao nossos lado nos fortalece e nos ensina, com tudo o que ele viveu e está escrito sobre a vida dele.

Cristo preenche e ajuda no caminhar do dia a dia. Temos hoje uma característica diferente do que tínhamos alguns anos atrás, quando a presença feminina era muito característica nas casas. Hoje a mulher tem outra realidade, a do trabalho, e a família tem que se adaptar às características da sociedade em que vivemos. Com estas novas características de nossa sociedade, a família deve se adaptar, mantendo a essência da família, que é a presença feminina e masculina, o convívio nos momentos que precisam ser convividos, na educação das crianças, os avos, tios e primos. É importante o próprio casal, marido e mulher, ter seus momentos de intimidade para namorar, porquê isso é uma forma de manter a chama viva do casamento.

Hoje temos a Pastoral do Rio já organizada na estrutura que a CNBB propõe e que consta na Encíclica Familiaris Consortio, de 1991, e tem setores três setores: pré-matrimonial, pós-matrimonial e casos especiais. A família é abrangida em todos os seus momentos: desde o casal de namorados até os casais de anciãos, viúvos e casais de segunda união. Em ajuda aos casais em dificuldades, tempos, por exemplo, um curso chamado Terapia para Casais. Todos são convidados a refletir, parar e ver como o casamento deles está naquele momento, o que se perdeu, aquele romantismo de antes, porque hoje não acontece, e por vezes há tanta agressão, até verbal: em que momento você deixou de ter aquela maravilha, aquele amor, aqueles olhos brilhando... Este curso é uma forma de trazer o casal à esta realidade, ao romantismo, ao dizer “eu te amo”, que muitos têm vergonha de dizer ao longo do tempo. Ou seja, o que está faltando daquilo que prometemos e criamos e que hoje se perdeu, por algum motivo...

São leigos que se propõem a ajudar outras famílias, seja aquelas que estão se formando ou as que estão já formadas. Esta é uma maneira destes leigos se enriqueceram e terem suas famílias fortalecidas. Às vezes, casais que trabalham voluntariamente na Pastoral Familiar acabam tendo todos aqueles ensinamentos que passam colocados em prática em sua própria família. É uma forma de se fortalecer para ajudar outras famílias”.

(CM)







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