2012-05-29 13:41:24

Saúde da Família: Brasil caminha para cumprir metas do milênio


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Cidade do Vaticano (RV) – Entre os objetivos de desenvolvimento do milênio propostos pelas Nações Unidas em 2000, o Brasil trabalha para se enquadrar nas metas que devem ser atingidas até 2015 no que tange a mortalidade infantil e de gestantes.

Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou novos números sobre a mortalidade materna no país. Houve redução de 21% nos casos de mortes de mulheres no país. De janeiro a setembro de 2011 mil e trinta e oito mulheres morreram durante o tempo considerado como morte materna. No mesmo período em 2010 foram registradas mais de mil e trezentas mortes de mulheres em decorrência de algum problema durante a gestação ou o parto.

A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não-transmissíveis, Débora Malta, considerou a redução importante e disse que são boas as perspectivas para o balanço final de 2011.

“Devemos fechar em termos de 63 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Apesar dos números positivos, ainda temos grandes desafios: os objetivos de desenvolvimento do milênio nos colocam que é preciso reduzir a mortalidade materna para 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos”.

A redução da mortalidade infantil também é um tema que está diretamente ligado à queda no número de mortes de gestantes por complicações no parto. O Programa Saúde da Família (PSF) é essencial para reduzir tanto a morte das mães quanto das crianças, como explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha que fala também da importância da Rede Cegonha.

“Nos últimos 10 anos o esforço do Ministério da Saúde em levar profissionais do PSF a cada canto do Brasil ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas nós queremos avançar ainda mais e para isso vem a Rede Cegonha que vai reforçar a qualidade do pré-natal, da assistência ao parto, na expansão das UTI’s neo-natais para que a mortalidade infantil seja reduzida ainda mais”.

Em todo país já foram credenciados mais de 400 leitos de UTI neo-natal para a Rede Cegonha. Cerca de 900 mil gestantes já estão acompanhando as diretrizes do novo pré-natal da Rede Cegonha, que também será gerida regionalmente.

“Mais de 17 estados já fecharam seus planos regionais estruturando as maternidades para uma qualidade e assistência melhores no parto”.

Causas da mortalidade materna

Esther Vilela, coordenadora da área técnica de saúde da mulher, fala quais são os principais fatores que levam a morte de gestantes. A morte materna é aquela causada por complicações durante a gestação ou até 42 dias após o fim da gravidez.

“A mortalidade materna é um fenômeno complexo. Não podemos dizer que existe somente um fator. Contudo, as principais causas de morte materna são: hipertensão, tanto de mulheres que já tem pressão alta quanto aquelas que desenvolvem a pré-eclampsia e eclampsia, as hemorragias e as infecções”.

(RB)








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