Saúde da Família: Brasil caminha para cumprir metas do milênio
Cidade
do Vaticano (RV) – Entre os objetivos de desenvolvimento do milênio propostos
pelas Nações Unidas em 2000, o Brasil trabalha para se enquadrar nas metas que devem
ser atingidas até 2015 no que tange a mortalidade infantil e de gestantes.
Recentemente,
o Ministério da Saúde divulgou novos números sobre a mortalidade materna no país.
Houve redução de 21% nos casos de mortes de mulheres no país. De janeiro a setembro
de 2011 mil e trinta e oito mulheres morreram durante o tempo considerado como morte
materna. No mesmo período em 2010 foram registradas mais de mil e trezentas mortes
de mulheres em decorrência de algum problema durante a gestação ou o parto.
A
coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não-transmissíveis, Débora Malta,
considerou a redução importante e disse que são boas as perspectivas para o balanço
final de 2011.
“Devemos fechar em termos de 63 óbitos por 100 mil nascidos
vivos. Apesar dos números positivos, ainda temos grandes desafios: os objetivos de
desenvolvimento do milênio nos colocam que é preciso reduzir a mortalidade materna
para 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos”.
A redução da mortalidade infantil
também é um tema que está diretamente ligado à queda no número de mortes de gestantes
por complicações no parto. O Programa Saúde da Família (PSF) é essencial para reduzir
tanto a morte das mães quanto das crianças, como explica o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha que fala também da importância da Rede Cegonha.
“Nos últimos 10 anos
o esforço do Ministério da Saúde em levar profissionais do PSF a cada canto do Brasil
ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas nós queremos avançar ainda
mais e para isso vem a Rede Cegonha que vai reforçar a qualidade do pré-natal, da
assistência ao parto, na expansão das UTI’s neo-natais para que a mortalidade infantil
seja reduzida ainda mais”.
Em todo país já foram credenciados mais de 400 leitos
de UTI neo-natal para a Rede Cegonha. Cerca de 900 mil gestantes já estão acompanhando
as diretrizes do novo pré-natal da Rede Cegonha, que também será gerida regionalmente.
“Mais
de 17 estados já fecharam seus planos regionais estruturando as maternidades para
uma qualidade e assistência melhores no parto”.
Causas da mortalidade materna
Esther
Vilela, coordenadora da área técnica de saúde da mulher, fala quais são os principais
fatores que levam a morte de gestantes. A morte materna é aquela causada por complicações
durante a gestação ou até 42 dias após o fim da gravidez.
“A mortalidade materna
é um fenômeno complexo. Não podemos dizer que existe somente um fator. Contudo, as
principais causas de morte materna são: hipertensão, tanto de mulheres que já tem
pressão alta quanto aquelas que desenvolvem a pré-eclampsia e eclampsia, as hemorragias
e as infecções”.