2012-05-29 18:41:45

Rio+20: pesquisadores brasileiros relacionam saúde e degradação ambiental


Rio de Janeiro (RV) – Tem início nesta terça-feira, 29, em Nova York, a última rodada de negociação para o documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A expectativa de pesquisadores brasileiros é que os temas saúde e clima sejam incluídos nos debates.

Diante da falta de menção ao assunto no "Esboço Zero", preparatório para o documento "O futuro que queremos", a Fundação Oswaldo Cruz encaminhou ao governo federal relatório em que aponta a relação entre degradação ambiental e risco à saúde, para ajudar a embasar as discussões.

O Jornal Estado de São Paulo entrevistou o presidente da Fundação, Paulo Gadelha, o qual disse existir “uma relação simbiótica entre saúde e ambiente”. “E a face mais visível é a deterioração da qualidade de vida e da saúde", disse ele, que acrescentou: “Causou muita surpresa a total ausência do tema saúde no chamado Esboço Zero, que serviu de referência para o debate do posicionamento dos países na Rio+20.”

A degradação ambiental tem efeitos diretos sobre a saúde. Gadelha disse ainda na entrevista que “a consequência imediata da redução da biodiversidade é a exposição maior do ser humano ao surgimento de doenças emergentes, como hantavirose e Ebola”. Ele explicou que “o aquecimento global leva a agravos diretos, como é o caso das doenças pulmonares associadas à poluição”. “Áreas de clima temperado – citou ele -, onde antes não circulavam vetores da malária, dengue, passam a ter condições climáticas para a expansão desses mosquitos. Há uma relação simbiótica entre saúde e ambiente. E a face mais visível é a deterioração da qualidade de vida e da saúde.” (ED)








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