2012-05-25 13:24:12

Professora Glendon e a liberdade religiosa nos EUA


Nova York (RV) - “Uma flagrante violação da liberdade religiosa”: foi o que escreveu em um artigo publicado pelo Wall Street Journal, a Professora Mary Ann Glendon falando sobre a reforma da saúde desejada pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Em particular, a Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais faz referência a uma norma de lei que tornaria obrigatório, também para os organismos católicos, o pagamento de eventuais despesas para contracepcionais, abortos e esterelizações do seus funcionários.

“O objetivo principal de tal norma - escreve Glendon – não é tutelar a saúde das mulheres; trata-se, ao invés, da tentativa de inserir as organizações religiosas na agenda política”. Portanto, a presidente da Academia Pontifícia reafirma que, contrariamente às insinuações dos meios de comunicação, a preocupação sobre a questão não é somente de “uma minoria católica”, mas de “todos os fiéis”, porque “está em jogo a missão de todas as Igrejas, inclusive a Católica, de fornecer serviços sociais, como a saúde e a instrução, a todos, sem distinção de credo, e de fazê-lo sem comprometer as suas próprias convicções”.

E não somente isso: “em um nível mais profundo – continua a Prof. Glendon – se está assistindo a um ataque contra as instituições da sociedade civil que representam uma ponte entre os cidadãos e um Estado plenipotenciário”.

Se, de fato, - reafirma a ex-embaixadora estadunidense junto à Santa Sé – as estruturas religiosas que fornecem instrução, assistência médica e serviços sociais serão “obrigadas a se tornarem instrumentos da administração política, o governo irá consolidar um monopólio sobre tais serviços essenciais”. E isso significa tentar “reduzir a religião a uma atividade privada”.

Referindo-se, depois, à causa apresentada por 43 organismos católicos contra o governo de Washington, para tentar deter a entrada em vigor da norma de lei em questão, a Prof. Glendon escreve: “Em todo o país, católicos e não católicos estão pedindo aos juízes que rejeitem uma ação sem precedentes contra a capacidade de indivíduos ou de grupos religiosos de praticar a sua fé, sem ser obrigados a violar as pessoais e mais profundas convicções morais”. E conclui: “Se a norma não for mudada, a mesma irá tirar a liberdade religiosa do seu lugar importante entre as liberdades mais amadas de todo o país”. (SP)








All the contents on this site are copyrighted ©.