2012-05-25 14:27:35

Dioceses de fronteira no combate ao tráfico de pessoas


Gualeguaychú (RV) – O tráfico de seres humanos foi o tema do XXVII Encontro das "Dioceses de Fronteira", que se realizou de 21 a 23 de maio na cidade de Gualeguaychú, na Argentina.

O evento reuniu cerca de 60 representantes das dioceses de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a finalidade de compartilhar e refletir sobre a dignidade de cada ser humano e assumir uma posição profética contra o tráfico de seres humanos.

De acordo com o comunicado final, "o tráfico de seres humanos é finalizado à exploração comercial da pessoa para fins sexuais, de trabalho ou para o furto e a venda de órgãos”. A criminalidade organizada tem uma estrutura 'empresarial', que considera o ser humano como um bem transferível e de mercado, segundo a lei da oferta e da procura. “O seu crescimento alarmante se reflete numa movimentação anual de dinheiro que supera o tráfico de armas, e o torna a segunda atividade criminosa mais lucrativa no mundo depois do tráfico de droga".

Os Bispos explicam muito claramente que "o tráfico significa envolver uma pessoa, transferi-la, vendê-la, ameaçá-la, violentá-la e descartá-la. Fala-se de violência física, psicológica, enganando e chantageando, às vezes com a participação de parentes ou de pessoas com as quais a vítima está emotivamente ligada”.

No documento, se constata que o turismo sexual infantil atua seja na região da tríplice fronteira, seja nas principais cidades, fornecendo adolescentes e crianças para prestações sexuais aos estrangeiros.

Em muitos casos, são vendidos a outros países na América e na Europa ocidental, segundo as denúncias da Organização Internacional das Migrações, da Organização Internacional do Trabalho e de organizações da sociedade civil que trabalham contra esses crimes.

Depois de evidenciar esta trágica realidade, o documento propõe os valores cristãos como sinal de esperança e de empenho da Igreja em lutar contra esta difícil situação. Por fim, o documento expressa o empenho de todos os participantes em divulgar e denunciar os casos, promover a família como primeiro centro de proteção e trabalhar ao lado daqueles que já estão engajados nesta luta.

As dioceses representadas eram: Bagé, Chapecó, Foz do Iguaçú, Santo Ângelo, Uruguaiana (Brasil); Encarnación (Paraguai); Melo, Mercedes, Salto, Tacuarembó (Uruguai); Concordia, Goya, Posadas, Gualeguaychú (Argentina).
(BF-Fides)







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