PIME forma missionários “ad gentes” em Santa Catarina
Cidade do Vaticano
(RV) – Depois de manter o Seminário Filosófico em São Paulo e no Paraná, o Pontifício
Instituto de Missões Exteriores (PIME) há quase vinte anos concentra suas atividades
brasileiras na cidade de Brusque, em Santa Catarina. Depois de estar em missão em
Camarões, Pe. Flavio Piccolin, italiano, há quatro anos assumiu a reitoria do Seminário
Filosófico Missionário de Brusque.
Em entrevista à Rádio Vaticano, Pe. Flavio
explica como os “olheiros” do PIME espalhados pelo Brasil identificam os vocacionados.
“Nós, normalmente, temos um caminho antes de entrar no seminário com os animadores
missionários. Temos algumas pessoas espalhadas pelo Brasil encarregadas disso. Estão
em Brusque, Florianópolis, em São Paulo, em Ibiporã, no Paraná e na Amazônia. Quando
tem alguém que quer entrar (no seminário) essas pessoas fazem o acompanhamento até
que o vocacionado entre aqui. Ai passa pelo propedêutico para conhecer nossa caminhada
e ver se se encaixa, esse é o caminho normal. Tem alguns casos em que eles já chegam
com uma bagagem filosófica das dioceses e o bispo, sabendo da vocação missionária,
encaminha para o PIME.
Formação “ad gentes”
Pe. Flavio explica
que no Seminário Filosófico do PIME a formação é voltada para a missão. Os estudos
são parecidos com os dos seminários tradicionais, contudo, a ênfase está no além-fronteiras.
“Nós
temos a formação de filosofia na faculdade dos dehonianos aqui em Brusque onde vão
também os seminaristas da diocese. Por outro lado, temos a nossa formação particular.
Fazemos cursos e temos o testemunho dos missionários brasileiros que voltam das missões.
A nossa formação prevê um ano de estudos da língua e de espiritualidade missionária
no qual se fala um pouco mais sobre as missões, sobre o PIME, uma formação mais específica.
Depois, temos a teologia que pode ser na Itália ou nas Filipinas onde temos dois seminários
teológicos".
O missionário
Concluída a fase de formação, no Brasil
e no exterior, o missionário está pronto para ser enviado à missão.
“Depois
da formação eles vão aprender a língua dos lugares para onde serão enviados. Todos
os missionários do PIME são chamados para sair de seus países. Os brasileiros vão,
na maioria das vezes, para Guiné-Bissau, para as Filipinas. Mas temos também missionários
no Japão e no Camboja.
No próximo quadro Missão da RV: Mateus Didonet, 27
anos, de Brasília, conta como está sendo sua formação e como percebeu que a missão
era seu caminho.