2012-05-23 15:50:16

Transplante do menor coração do mundo em bebê quebra paradigma científico


Cidade do Vaticano (RV) – 27 de maio é o dia da Jornada Nacional da Doação de Órgãos na Itália. O hospital pediátrico pertencente à Santa Sé, o Bambino Gesù, tem excelência internacional na área e marca a data com o transplante bem sucedido do menor coração artificial do mundo. O Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, manifestou satisfação e parabenizou toda a equipe médica envolvida.

“Estou orgulhoso de poder felicitar toda a equipe cirúrgica e todo o pessoal do Hospital Bambino Gesù, que tornou possível o transplante de coração em um bebê de apenas 16 meses, depois de ter-lhe assegurado a sobrevivência por meio de um coração artificial pela primeira vez”, disse Bertone. “Trata-se de um evento extraordinário – continuou o Cardeal -, um evento que manifesta a paixão pela saúde das crianças e a capacidade de colocar a tecnologia a serviço da medicina”.

O Secretario de Estado Vaticano ainda ressaltou: “um pequeno coração que faça pulsar o sangue e a vida para garantir um futuro é um dom para todos nós e para tantas crianças e famílias que aguardam com confiança os progressos da ciência médica nas novas oportunidades de tratamento e cura”.

De acordo com o jornal vaticano L’Osservatore Romano, o recém nascido sofria de cardiomiopatia dilatada, agravada pela infecção do sistema de assistência ventricular anteriormente implantado. Segundo o presidente do hospital, Giuseppe Profiti, a intervenção foi possível pois a equipe deixou-se guiar pela exortação de João Paulo II “Não tenham medo”. “O pequeno paciente – explicou ele – tinha poucas possibilidades de sobrevivência e decidimos tentar tudo que jamais tinha sido tentado”. Ele explicou que foi o implante de um suporte mecânico chamado “ventricular assist device” (VAD), que mantinha constante o batimento cardíaco do coração que, por estar doente, não conseguia bombear o sangue sozinho.

“Trata-se de um protótipo de alta tecnologia até hoje jamais experimentado no corpo humano”, refere. “É uma espécie de miniturbina de titânio, de uns cinco centímetros, 11 gramas e capaz de desenvolver um campo magnético gerador de vinte mil a quarenta mil giros por minuto.”

Para o Cardeal Bertone, esse transplante foi “um ato simbólico de esperança e humanização, que alimenta confiança no futuro através da cura de uma criança, que encarna o próprio sentido do futuro e da vida no seu realizar-se”. (ED)








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