2012-05-23 12:51:00

Audiência Geral: "Chamar Deus de Pai é um dom inestimável"


Cidade do Vaticano (RV) – Como toda quarta-feira, o Papa Bento XVI acolheu fiéis e peregrinos de várias partes do mundo para a Audiência Geral na Praça S. Pedro.

No âmbito das catequeses sobre a oração, o Papa ressaltou um aspecto que o próprio Jesus nos ensinou, ao chamar Deus de Abbá, Pai, com a simplicidade, o respeito, a confiança e o afeto de um filho por seus pais.

A Igreja acolheu esta invocação, que nós repetimos no Pai-nosso, que o Espírito Santo nos inspira no nosso coração. “Poder chamar Deus de Pai é um dom inestimável”, disse o Pontífice. Ele não é somente o Criador de nossos dias, mas é quem conhece cada um de nós pelo nome, que cuida sempre de nós e nos ama imensamente, como nada no mundo é capaz de amar.

Na oração, prosseguiu o Papa, entramos numa relação de intimidade e familiaridade com um Deus pessoal, que quis nos fazer partícipes da plenitude da vida, que nunca nos abandona. Na oração, não somente nos dirigimos a Deus, mas entramos numa relação recíproca com Ele. Uma relação em que nunca estamos sós: Cristo nos acompanha pessoalmente, e também a comunidade cristã, com toda a diversidade e a riqueza dos seus carismas, como família dos filhos de Deus.

No final da catequese, o Papa se dirigiu aos fiéis e grupos presentes na Praça em várias línguas, entre as quais o português: RealAudioMP3

Queridos irmãos e irmãs, o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração, com os termos afetuosos de «Abbá, Pai!», como fez Jesus. São Paulo, tanto na carta aos Gálatas como na carta aos Romanos, afirma que é o Espírito que clama em nós «Abbá, Pai!», fazendo-nos sentir numa relação de profunda confiança com Deus, como a de uma criança com seu pai. Hoje muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na palavra «Pai», dita por nós a Deus na oração. O Espírito Santo ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai. Realmente, sempre que clamamos «Abbá, Pai!», fazemos isso movidos pelo Espírito, com Cristo e em Cristo, e sempre em união com toda a Igreja. De fato, desde o princípio, Ela assumiu esta invocação, de modo particular na oração do «Pai-Nosso». Quando rezamos ao Pai, nunca estamos sozinhos. É a Igreja que sustém a nossa invocação, porque a nossa invocação é invocação da Igreja. Queridos peregrinos de língua portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo de modo particular os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande de Sul, bem como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençôo a vós e às vossas famílias!”.

(BF)







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