2012-05-22 11:39:15

Presidente interino do Mali dirige transição de 12 meses


O Presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, vai dirigir o período de transição de 12 meses no país – refere a Panapress, contando fontes oficiais.
O acordo sobre esta transição foi assinado domingo passado entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré, e a junta militar. O documento foi também assinado pelo primeiro-ministro do país, Cheikh Modibo Diarra.
No quadro do mesmo acordo, um estatuto de ex-Presidente da República será concedido ao capitão Sanogo, autor do golpe de Estado de Março passado.
A fase interina de 40 dias dirigida por Dioncounda Traoré, em conformidade com a Constituição maliana, termina a 22 deste mês.
Por outro lado, o Parlamento maliano adoptou, nas vésperas da assinatura deste acordo, uma lei de amnistia a favor dos autores do golpe de Estado de 22 de Março e dos seus aliados. Aministiadas ficam também as infracções cometidas entre 21 de Março e 12 de Abril últimos no âmbito da insurreição militar que derrubou o então Presidente da República, Amadou Toumani Touré.
Entretanto, ontem segunda-feira, em reacção ao acordo, o Presidente interino Dioncounda Traoré foi agredido no Palácio Presidencial por um grupo de manifestantes favoráveis aos golpistas. Dionconda foi transportado ao hospital e medicado na testa, mas a sua vida não está em perigo, informa o jornal on line Afrik.com.
Segundo este jornal a população manifestou a sua indignação por este gesto dos manifestantes que respondiam ao apelo da COPAM (Coordenação de organizações patrióticas do Mali e de determinadas associações juvenis, nomeadamente o movimento Yéréolo Ton.
Também a Frente para a Salvaguarda da Democracia e da Republica (FDR) emitiu um comunicado em que condena essa agressão. A FDR interroga-se sobre a protecção do Palácio Presidencial e do Presidente interino, mostrando-se surpreendida que tais manifestantes tenham podido penetrar no Palácio, onde aliás, Diouncounda estava a receber uma delegação de contestatários. Por seu lado o primeiro ministro Cheick Modibo Diarra, numa mensagem à Nação, denunciou a referida agressão e apelou todos à calma, à serenidade e sobretudo a renunciar a marchas inoportunas.








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