Salvador (RV) - Nesta terça-feira (22), recorda-se o primeiro aniversário da
beatificação de Irmã Dulce.
Em Salvador, será realizada uma missa no Santuário
da Bem-aventurada Dulce, celebrada pelo Bispo de Irecê, Dom Tommaso Cascianelli, às
9h.
De acordo com a assessoria de imprensa das Obras Sociais Irmã Dulce, o
reflexo da devoção à beata e da expectativa pela canonização é notado no expressivo
aumento de 135% nas visitas ao Santuário (onde se encontra a Capela das Relíquias)
e Memorial, entre 2010 e 2011.
Em 22 de maio do ano passado, a beatificação
de Irmã Dulce reuniu mais de 70 mil pessoas no Parque de Exposições de Salvador.
Irmã
Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade
com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente, não
impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições
filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados,
feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários, presidentes
da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento
vivo da fé.
O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo
baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em
1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio
da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7
de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao
país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Os dois voltaram a se encontrar
em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Pontífice ao Brasil. João Paulo II
fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar
Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da
visita do Papa, os baianos choraram a morte do “Anjo Bom”.
O processo de beatificação
começou em 2000 e a autenticidade do primeiro milagre atribuído a Irmã Dulce foi reconhecida
pelo Vaticano em outubro de 2010.
Em 11 de dezembro de 2010, um dia após o
decreto papal, a fase de canonização do processo foi iniciada. Isto significa que
qualquer graça ocorrida a partir desta data pode vir a ser analisada pelo Vaticano
como o potencial milagre de sua canonização.