Brasília (RV) – “Unir-se na missão de salvaguarda da Criação”: este é o convite
dirigido às comunidades anglicanas de todo o mundo pelo primaz da comunidade episcopal
anglicana do Brasil, Reverendo Mauricio Andrade, s vésperas da Rio+20. A iniciativa
quer encontrar novos modelos de desenvolvimento, compatíveis com a necessidade de
preservar o meio ambiente. Há tempos, as comunidades cristãs de várias confissões
e tradições estão se engajando e pedindo a governos e sociedades um debate mais construtivo
para identificar propostas a levar ao Rio, na cúpula programada de 20 a 22 de junho.
Ambiente e segurança alimentar têm estado no centro da atenção da comunidade
anglicana, ativa em vários países através de organizações locais e ONGs, apoiando
programas de desenvolvimento e tutela ambiental.
No Brasil, por exemplo, a
tradicional Jornada Ecumênica dedica sempre um espaço especial às questões ecológicas,
referindo-se especificamente às faixas sociais mais pobres e buscando um novo modelo
de gestão dos recursos naturais.
Para o Reverendo Mauricio Andrade, a Rio+20
“encerra um ciclo importante”, iniciado durante a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro
em 1992. Em uma mensagem, o líder ressalta que no evento será decidido se continuar
com o atual modelo de produção e de consumo, que privilegia uma minoria, ou confiar-se
em outros modelos, como já proposto em 1992 e em outras Conferências. “O desafio
é salvaguardar a integridade da Criação e sustentar a vida na terra, e este é um dos
cinco compromissos adotados pelo Conselho de Consulta Anglicana” – recorda.
Concluindo,
o reverendo exorta: “Com esperança, audácia e fé, convido a comunidade episcopaliana
no Brasil e todas as comunidades anglicanas no mundo a assumir o dever profético de
zelar pela Criação, chamando os governos a assumir sua responsabilidade com a vida
de nosso planeta”. (CM)