Viagem pastoral à Itália: último discurso do Papa tem foco na história e nos jovens
Sansepolcro (RV) – A viagem pastoral de Bento XVI à Itália chegou a sua última
etapa no início da noite deste domingo, em Sansepolcro. O último discurso do Papa
foi dirigido aos cidadãos. Bento XVI percorreu os caminhos históricos da fundação
da cidade ao citar seus precursores: Arcano e Egídio.
“Há mil anos, os santos
peregrinos Arcano e Egídio, diante das grandes transformações do tempo, se empenharam
em buscar a verdade e o sentido da vida e para isso foram à Terra Santa. Ao voltarem,
trouxeram não somente as pedras recolhidas no monte Sion, mas a ideia especial que
haviam tido na Terra de Jesus: construir no Alto Vale do Tibre a ‘civitas hominis’
à imagem de Jerusalém que, em seu próprio nome, evoca a justiça e a paz”.
Apesar
da passagem dos séculos, Bento XVI disse à comunidade que “o ideal de seus fundadores
conseguiu chegar aos dias de hoje e constitui não somente o norte da identidade de
Sansepolcro e da Igreja diocesana, mas também um desafio para conservar e promover
o pensamento cristão, que está na origem desta cidade”.
E prossegiu: “Os mil
anos de fundação é a ocasião para uma reflexão que é, também, um caminho interior
pelas vias da fé e compromisso em redescobrir as raízes cristãs, para que os valores
evangélicos continuem a fecundar as consciências e a história quotidiana da população”.
No
final, o Papa recordou que diante do desencorajamento ao compromisso dos cristãos
nos campos social e político, especialmente os jovens são chamados a contrapor com
responsabilidade e animados pela caridade evangélica, que pede de não fechar-se em
si mesmo, mas de ter responsabilidade pelos outros. “Tenham coragem de ousar”, concluiu
o Papa, dirigindo-se aos jovens presentes dizendo-os que é preciso pensar grande para
que sejam reencontradas as sólidas motivações para servir os cidadãos.