Cidade
do Vaticano (RV) - Na última sexta-feira, foram comemorados os cinco anos da canonização
de Frei Galvão, o primeiro Santo do Brasil. Lembramos agora alguns trechos importantes
da homilia de Bento XVI, em 11 de maio de 2007, no Campo de Marte. Estatísticas da
época revelam que ao menos 1 milhão de pessoas assistiram à Missa de Canonização.
"Demos
graças a Deus pelos contínuos benefícios alcançados pelo poderoso influxo evangelizador
que o Espírito Santo imprimiu em tantas almas através do Frei Galvão. O carisma franciscano,
evangelicamente vivido, produziu frutos significativos através do seu testemunho de
fervoroso adorador da Eucaristia, de prudente e sábio orientador das almas que o procuravam
e de grande devoto da Imaculada Conceição de Maria, de quem ele se considerava ‘filho
e perpétuo escravo’".
O Papa ainda destacou a vida de Santidade de Frei Galvão.
“Significativo
é o exemplo do Frei Galvão pela sua disponibilidade para servir o povo sempre quando
era solicitado. Conselheiro de fama, pacificador das almas e das famílias, dispensador
da caridade especialmente dos pobres e dos enfermos. Muito procurado para as confissões,
pois era zeloso, sábio e prudente. Uma característica de quem ama de verdade é não
querer que o Amado seja ofendido, por isso a conversão dos pecadores era a grande
paixão do nosso Santo. A Irmã Helena Maria, que foi a primeira "recolhida" destinada
a dar início ao 'Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição', testemunhou aquilo que
Frei Galvão disse: 'Rezai para que Deus Nosso Senhor levante os pecadores com o seu
potente braço do abismo miserável das culpas em que se encontram'. Possa essa delicada
advertência servir-nos de estímulo para reconhecer na misericórdia divina o caminho
para a reconciliação com Deus e com o próximo e para a paz das nossas consciências".
Os
principais momentos da Canonização de Frei Galvão vão estar no documentário inédito
da visita do Papa ao Brasil que está em fase de finalização, numa produção especial
da Rádio Vaticano. Imagens inéditas e depoimentos de quem esteve muito próximo ao
Papa, como Dom Odílo Scherer, Arcebispo de São Paulo. “Foi uma exceção. Geralmente,
as canonizações são feitas em Roma. Mas para Frei Galvão, o Brasil foi presenteado
com a canonização em solo nacional”.