Cidade
do Vaticano (RV) - A primeira leitura deste domingo nos fala da presença de Pedro
e de outros cristãos na casa de Cornélio, um pagão que o convidara para estar com
sua família e amigos.
Quando Pedro, ainda um pouco sem jeito começou a evangelizá-los,
o Espírito de Deus desceu sobre os pagãos e eles começaram a ter atitudes próprias
dos cristãos louvando e bendizendo a Deus.
Pedro percebeu que o dom do Espírito
precedeu o batismo e resolveu batizá-los imediatamente.
Esse fato deve servir
para nós como uma advertência de que Deus é Pai de todos os homens e não se restringe
aos batizados. Ao contrário, o querer ser batizado é responder positivamente ao apelo
de Deus. Portanto devemos ter um coração acolhedor que receba todas as pessoas de
boa vontade. Não sabemos o que Deus está preparando para eles e nem para nós.
Aliás,
o Evangelho de hoje nos conduz a uma atitude muito social. Jesus fala do amor ao outro
e o fala se dirigindo não a uma pessoa, mas à Comunidade. É o próprio Cristo que morreu
por todos nós, que nos ensinou a rezar o Pai-Nosso e não o Meu-Pai que durante todo
o seu discurso se dirige a nós como Comunidade.
Quando nos dirigirmos ao Pai,
será ao Pai de Jesus e de todos os cristãos. Ele quer que seus filhos vivam sempre
como irmãos.
Mais uma vez o Senhor mostra a liberdade de Deus ao dizer que
foi ele quem nos escolheu. E nos escolheu para que fizéssemos o bem e fossemos eternamente
felizes.
A segunda leitura, a 1ª Carta de João, encerra essa verdade ao dizer
que “não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e nos enviou seu Filho
Jesus”.
Queridos irmãos, amemos os nossos irmãos porque é isso que Deus quer.
Que o amor esteja acima de qualquer ofensa, agressão. Que o perdão e a caridade sejam
os sinais expressivos de que somos filhos do Pai. Em uma comunidade de amor não deveria
haver pessoas excluídas e pessoas carentes, mas pessoas que se amam, que se socorrem,
que se perdoam, porque estão cheias de Deus, ungidas por Seu Espírito Santo.