Bruxelas (RV) – “A liberdade religiosa é o centro para promover a política
dentro e fora da Europa; ela é um valor a ser defendido prescindido do tempo e do
lugar”. É o que afirmou Jan Olbrycht, vice-presidente do grupo europarlamentar dos
Populares Europeus e responsável pelo diálogo inter-religioso do mesmo Grupo, falando
nesta quinta-feira, 10, em Bruxelas, durante o seminário de estudo “Os cristãos no
mundo árabe, um ano após a primavera árabe”, organizado pela Comece, pelos deputados
Populares Europeus e pelo grupo conservador e reformista.
“Estamos preocupados
com aquilo que está acontecendo à minoria cristã no mundo árabe”, afirmou Olbrycht,
apoiado pelo seu colega de grupo, Kinrad Szymanski. Para este último “não houve alívio
para os cristãos no Oriente Médio com a primavera árabe. A perseguição deles é uma
verdade amarga que a União Europeia não pode calar, assim como não pode ficar em silencia
diante da negação dos direitos das outras minorias”.
“A diplomacia europeia
deve trabalhar para garantir o respeito dos direitos civis – pediu com força o deputado
europeu -; a credibilidade da União Europeia passa também através deste compromisso”.
“Reconhecer a liberdade religiosa é um bem para todos – reconheceu Mário Mauro, do
Grupo dos Populares -; não haverá liberdade para o mundo árabe sem liberdade para
os árabes cristãos que se sentem chamados a reconhecer nas coisas de todos os dias,
também políticas, que Jesus é tudo. Sem o respeito da liberdade como a religiosa se
enfraquecem as prerrogativas de desenvolvimento dos próprios Países do Médio Oriente.
Para se alcança-las o diálogo continua sendo o melhor instrumento”. (SP)