Milão (RV)
- O VII Encontro Mundial das Famílias está agendado de 30 de maio a 3 de junho,
na cidade italiana de Milão. Com a presença do Papa de 1º a 3 de junho, o tema desta
edição será “Família, Trabalho e Festa”.
Já confirmaram sua presença no Encontro,
por parte da Igreja brasileira, Dom João Carlos Petrini, Bispos de Camaçari (BA) e
Presidente da Comissão Vida e Família da CNBB, Dom Antônio Augusto Dias Duarte – Bispo
auxiliar do Rio, Dom Joaquim Justino Carreira, Bispo de Guarulhos (SP), Pe. Wladimir
Porreca e Pe. Rafael Cerqueira Fornasier, Assessores; Raimundo e Vera, casal coordenador
nacional, de Salvador.
Membro do Pontifício Conselho para a Família, o Cardeal-arcebispo
de São Paulo, Dom Odilo Scherer, acredita que família, trabalho e festa são pontos
fundamentais da vida não apenas em seu aspecto religioso, mas também antropológico.
“A família é uma realidade humana básica” – garante.
“A família é antes
de tudo uma real antropológica, humana, e como tal, Deus a quis. Antes de ser uma
realidade envolvida na religião, ou com vinculação com a religião, a família é uma
realidade humana básica, que vive alegrias, esperanças, sofrimentos e tudo mais o
que faz parte da vida humana. No Encontro de Milão, isso será destacado. A família
é a festa, que serve para valorizar os pequenos e grandes momentos de festa. Muitas
vezes se coloca em destaque a família em crise, com problemas; tanto que muitos jovens
ficam espantados e não querem constituir família, porque a consideram um peso, um
sofrimento. É melhor não ter do que ter. Mas é o contrário que deve ser dito: a família
é um grande bem, traz felicidade, mesmo que misturada com dores e sofrimento, como
toda realidade. Para dar à luz a um filho, que traz tanta alegria, a mãe sofre. Dar
educação a uma criança, para que seja um adulto de valor, exige trabalho e sacrifício
dos pais, mas traz alegrias e satisfações a pais e filhos. O trabalho faz parte, portanto,
da família, mas não só enquanto deve ser visto pelos pais que criam filhos, como uma
forma exatamente de ver o dom da família, o dom do amor. O amor não é só belas palavras,
é a dedicação, se expressa pelo trabalho. Hoje, muitas vezes, muitos famílias e casais
não querem ter filhos para não ter trabalho, para não dar trabalho, para não gastar,
ou para gastá-lo de modo individualista, egoísta. Então, a família desaparece em função
do projeto individualista e egoísta de vida, que não traz felicidade. O encontro de
Milão terá a missão e a felicidade de colocar em evidência a base humana, social e
antropológica da família em cima do que é possível construir – sem o que, a família
acaba”. (CM)