2012-05-11 17:28:00

Descoberta nova versão do calendário maia: o fim do mundo não chegou


Washington (RV) - Quem acredita em profecias pode ficar tranquilo, o mundo não vai terminar em 2012. É que foi encontrado um novo calendário astronômico maia, o mais antigo documentado até o momento, que data do século IX, pintado nas paredes de um habitáculo encontrado na cidade de Xultún, na Guatemala.

A pesquisa é de uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos, que anunciou a descoberta nesta quinta-feira, dia 10, com uma publicação na revista "Science". De acordo com a agência Efe, os arqueólogos William Saturno, da Universidade de Boston, e David Stuart, da Universidade do Texas-Austin. Explicaram que o calendário documenta ciclos lunares e o que poderiam ser planetários.

Essa novidade desmonta a teoria de que o fim do mundo será em 2012, como previam os 13 ciclos do agora antigo calendário Maia, conhecidos como "baktun", já que o sistema possui, de acordo com as descobertas, na verdade, 17 "baktun".

Segundo os pesquisadores, o calendário Maia continuará com seus ciclos por mais milhões de anos.

Os hieróglifos pintados no que poderia ser um templo da megacidade de Xultún, na região guatemalteca de Petén, é vários séculos mais antigo que os Códices Maias escritos em livros de papel de crosta de árvore do período Pós-clássico tardio.

Os especialistas destacam que há glifos e símbolos que, segundo Stuart, só aparecem em um lugar: o Códice de Dresden, que os maias escreveram muitos séculos mais tarde" e que se acredita ser do ano 1.250.

"Nunca tínhamos visto nada igual", assinalou Stuart, professor de Arte e Escritura Mesoamericana, encarregado de decifrar os glifos. Ele destacou que se trata das primeiras pinturas maias encontradas nas paredes de um habitáculo.

A parede contém uma série de cálculos que correspondem ao ciclo lunar, enquanto os hieróglifos da parede norte acreditam que poderiam se relacionar com os ciclos de Marte, Mercúrio e, possivelmente, Vênus.

Os autores indicam que o objetivo de elaborar esses calendários, segundo os estudos realizados a partir dos códices maias encontrados previamente, era o de buscar a harmonia entre as mudanças celestes e os rituais sagrados, e acreditam que essas pinturas poderiam ter tido o mesmo fim.

De acordo com os cientistas, poderia se tratar de um lugar onde se reuniam astrônomos, sacerdotes encarregados do calendário e algum tipo de autoridade, pela riqueza na decoração das pinturas nas paredes, que também utilizaram para fazer suas anotações. (Agência Estado/ED)








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