Custódia da Terra Santa recorda João Paulo II e assédio à Basílica da Natividade
Jerusalém (RV) - Sábado passado a Custódia da Terra Santa recordou em Belém
João Paulo II, à distância de um ano da beatificação do Papa Wojtyla, e de dez anos
do assédio à Basílica da Natividade, verificado entre 2 de abril e 10 de maio de 2002.
Encontrava-se em andamento a segunda intifada (a revolta palestina que se estendeu
de 2000 a 2004) quando o edifício sagrado foi utilizado como refúgio de dezenas de
homens palestinos armados, em fuga do exército israelense que já havia entrado na
cidade.
Durante 39 dias o exército israelense assediou a basílica e, justamente
nesse contexto, foi fundamental o papel de João Paulo II que, encorajando os frades
da Custódia na realização do importante papel de mediação entre as partes, se prodigalizou
incansavelmente com discursos públicos e prementes apelos aos políticos, por uma conclusão
pacífica do assédio.
A recordação de João Paulo II foi feita no Convention
Palace Ortas, onde foi apresentado ao público o diário dos 39 dias de assédio,
de autoria de Pe. Ibrahim Faltas, que na época do assédio à basílica, encontrando-se
no antigo convento de Santa Catarina, atuou a fim de que israelenses e palestinos
encontrassem um acordo. (RL)