2012-05-04 15:09:27

Colóquio sobre cegueira e redução da vista


(04/05/2012)
Teve início esta manhã, com uma missa na Basílica de São Pedro, o colóquio de dois dias sobre a cegueira e capacidade reduzida da vista, organizada pela Fundação “O Bom Samaritano” e pelo Conselho Pontifício para a Saúde.
Na base da iniciativa está o facto de que menos de 5% das crianças com déficit visual tem acesso a óculos correctivos nos países em vias de desenvolvimento. No entanto é nesses países que residem cerca de 90% das pessoas com problemas de visão, parcial ou total. As com problemas parciais são no mundo, segundo a OMS 246 milhões, enquanto com as pessoas totalmente cegas são 39 milhões. Ainda segundo a OMS em 80% dos casos esses problemas poderiam ter sido prevenidos, ou grandemente reduzidos através de óculos, intervenções cirúrgicas ou outras formas de correcção. Mas, a maior parte dos necessitados, especialmente nos países pobres, não tem acesso a nada disto.
Então, é para ver como fazer face a essas problemáticas todas que o Conselho Pontifício para a Saúde decidiu organizar este Colóquio internacional intitulado “A pessoa não vidente: Rabbuni, que eu veja”. Ao longo de dois dias o problema da cegueira será examinado tanto do ponto de vista teológico-exegético como médico-científico, sócio-pastoral e cultural e ainda da difusão dos instrumentos de prevenção e da cura. Aspectos que serão debatidos por cientistas e pessoas da Igreja provenientes de várias partes do mundo. O Brasil está representado por D. Vilson Dias de Oliveira, bispo de Limeira, no Estado de São Paulo. Ouçamo-lo… RealAudioMP3
D. Vilson Dias de Oliveira, o único interveniente de língua portuguesa no colóquio sobre os não videntes ou com déficit de visão. Da África vieram: o Doutor Martin Kollman, queniano coordenador regional do “Programa sobre Doenças Tropicais Negligenciadas”; o Prof. Kovin Naidoo, Director do Centro Internacional para a Educação ao cuidado dos olhos” com sede na África do Sul; o Sr. Laurent Kibambe Bila, Director Administrativo da “Associação Promhandicam” dos Camarões; e Mons. Aloisyus Balina, bispo de Shinyanga, na Tanzânia, e o irmão Charles Nkubili, do Ruanda.
O colóquio que põe no centro a pessoa humana e para facilitar a fruição da parte de não videntes, publicou o programa em sistema braille. Esta tarde haverá, no âmbito do Colóquio um concerto de musica clássica em que três não videntes serão protagonistas, dois deles provenientes de Taiwan.








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