2012-04-28 09:21:55

Libertados o PR e PM da Guiné-Bissau, que chegaram à Costa do Marfim


(28/04/2012)Algo se move na Guiné-Bissau: o Presidente interino Raimundo Pereira e o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, depostos pelo golpe militar de 12 de Abril na Guiné-Bissau, foram libertados, tendo partido para a Costa do Marfim. A libertação, noticiada por várias agências internacionais, foi uma resposta à exigência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunida quinta-feira em Abidjan. A informação foi confirmada pela presidência da Costa do Marfim (na todo os dois políticos guineenses à chegada a Abidjan).
O Presidente e primeiro-ministro depostos pelo golpe militar da Guiné-Bissau foram libertados horas depois de a CEDEAO ter aprovado a mobilização de uma força e ameaçado com sanções caso não seja restabelecido o poder civil. O “Comando Militar” que tomou o poder em Bissau anunciou aceitar reduzir o período de transição de dois anos anunciado inicialmente, até à realização de eleições, para um ano, e adiantou que aceitará também a mobilização da força militar da CEDEAO, adiantou a AFP.
Na quinta-feira, os chefes de Estado da CEDEAO fizeram um ultimato aos militares autores do golpe e deram-lhes 72 horas para que fossem dados passos no sentido de repor a ordem constitucional, sob pena de imposição de sanções diplomáticas e económicas ao país e de “sanções individualizadas”. Ficou em aberto a possibilidade de recurso ao Tribunal Penal Internacional.
Neste sábado deverá chegar a Bissau uma equipa técnica da CEDEAO para definir os pormenores da força regional que será enviada, adiantou Daba Na Walna em conferência de imprensa. Essa força deverá ser composta por um contingente de “500 a 600 homens” fornecidos por quatro países – Nigéria, Togo, Costa do Marfim e Senegal –, tal como foi aprovado na cimeira de chefes de Estado da CEDEAO. O objectivo da missão é acompanhar a retirada da missão angolana que estava na Guiné há cerca de um ano – e que foi apontada pelo militares como uma justificação para o golpe –, e “apoiar a securização do processo de transição”.
A CEDEAO debateu também a situação no Mali, onde um golpe, a 22 de Março, acelerou a tomada do norte do país por rebeldes tuaregues e grupos islamistas, e decidiu igualmente o envio “imediato” de uma força regional que terá 3000 a 5000 efectivos, segundo um diplomata ocidental citado pela Reuters.








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