Portugal comemora os 38 anos da revolução dos cravos: os preocupações do Bispo das
Forças Armadas
(25/4/2012) Em Portugal as cerimonias oficiais dos 38 anos da “revolução dos cravos”
no Parlamento ficaram este ano e pela primeira vez manchadas pela ausência da associação
“25 de abril” que integra os militares que lideraram em 1974 o movimento que pôs
fim á ditadura do estado novo e conduziu Portugal para a democracia. Num manifesto
publico os chamados “capitães de Abril” explicam a ausência da associação por considerarem
que a linha politica do actual poder politico deixou de reflectir o regime democrático
herdeiro do 25 de Abril. Uma critica ao governo de Passos Coelho por entenderem
que os sacrifícios impostos aos portugueses ultrapassam os limites do suportável e
que o rumo politico seguido protege os privilégios, agrava a pobreza e a exclusão
social e desvaloriza o trabalho Uma posição apoiada, entre outros políticos de
esquerda por Mário Soares, antigo Presidente da Republica que não participou esta
manhã nas cerimonias da Assembleia da Republica…Já o Primeiro Ministro desvalorizou
esta situação e disse mesmo que o 25 de Abril não deve dar lugar a protagonismos,
porque é pertença do povo e não do governo. Na Igreja, o bispo do Porto, relativizou
estas ausências, lembrando a importancia da data, mas o bispo das Forças Armadas compreende
a posição dos “capitães de Abril”. Em entrevista ao correspondente da Rádio Vaticano
em Portugal, Domingos Pinto, D. Januário Torgal Ferreira diz que falta cumprir a justiça
social…o país desceu a um ponto sem paralelo