Uberaba (RV) - Na Palavra de Deus encontramos a expressão “Bom Pastor”, fazendo
referência a Jesus Cristo. Mas Jesus não é apenas um pastor com qualificado de “bom”.
Ele é também verdadeiro, autêntico e totalmente preocupado com a vida e a dignidade
de suas ovelhas. Ele ultrapassa o nível da bondade, doando sua vida pelos seus.
Olhando
para a figura do Bom Pastor, de Jesus Cristo, devemos olhar para a figura de cada
autoridade, para aquelas constituídas no serviço do povo. Servir é um dom, é querer
o bem e a prosperidade de quem é servido, superando todo tipo de atitude egoísta,
de exploração e desempenho no poder de agir.
Estamos em ano eleitoral outra
vez. Está na hora de trabalhar para identificar quem tem atitudes de bom pastor, de
serviço e de doação, desinteressada, para com as pessoas mais sofridas. A decisão
está nas mãos dos eleitores, de escolher, com o voto consciente, quem realmente vai
respeitar e agir em benefício do bem comum e do povo.
Sofremos o peso da corrupção
e do descaso para com as pessoas menos favorecidas. Os pobres são sugados no momento
do voto. São comprados com dinheiro e com promessas utópicas e esquecidos pela gestão
pública. É por isto que não podemos agir como cegos e sem liberdade, vendendo nossa
capacidade de decidir.
Jesus Cristo é o pastor que veio trazer vida plena para
todos, diferente daqueles que veem para roubar, sacrificar e destruir as pessoas.
Está aí o grande contraste entre o falso e o verdadeiro pastor. O falso é mercenário,
que cuida só dos seus próprios interesses. O verdadeiro pastor se sacrifica para o
bem das ovelhas.
É interessante observar que a má autoridade tem medo do povo
e não trabalha, com determinação, para que ele seja organizado e deixa que ele continue
ignorante para não ter força de ação, fica sempre de longe e não se envolve. A boa
autoridade é aquela que convive e sente as dificuldades do povo e trabalha para o
seu bem.
Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo eleito de Uberaba.