Cochabamba (RV) – Com uma exortação pastoral intitulada "Chamados a sermos
promotores de vida", os bispos da Bolívia, reunidos em Cochabamba, encerraram na terça-feira
sua Assembléia Plenária.
Em coletiva de imprensa, o Presidente do Episcopado,
Cardeal Julio Terrazas Sandoval, e o Secretário, Dom Oscar Aparício, apresentaram
o documento final, que ressalta a necessidade de manifestar a fé na Vida Nova, mas
também de denunciar tudo aquilo que ameaça o ser humano e se opõe ao renascimento
do perdão, da alegria e da paz.
Os bispos bolivianos falam da grave detetioração
social que envolve o país: violência, conflitos, confrontos e temores que evidenciam
um perda de valores espirituais e humanos, de princípios éticos e morais que são parte
da identidade cultural e da história boliviana.
A Conferência Episcopal denuncia
a "permanente degradação da convivência pacífica entre as comunidades e povos e a
desvalorização do respeito pelo diferente, da solidariedade, do sentido comunitário
e do valor sagrado da família".
Recordando que a casa comum dos bolivianos
é principalmente um problema ético e moral, o documento episcopal precisa: "A partir
desta ótica, reiteramos que os povos indígenas, assim como todos os setores, têm o
direito de expressar livremente e através de métodos pacíficos suas legítimas aspirações.
Fazemos votos de que se evitem iniciativas que possam dividir os povos, provocar confrontos
e ocultar a verdade".
A preocupação dos bispos se manifesta também diante
do problema do narcotráfico, da violência e da insegurança. A mensagem se conclui,
todavia, com o sentimento da esperança, confiando ao Ressuscitado e à sua Mãe, a Virgem
Maria, toda a nação boliviana; e exortam em especial os jovens a serem "construtores
da vida e da esperança em favor de uma sociedade mais justa e fraterna".