Aparecida (RV) - Os bispos reunidos na 50ª Assembleia Geral (AG) no Centro
de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida (SP) aprovaram por unanimidade um projeto
de solidariedade entre as dioceses.
O objetivo é criar um fundo com 1% da renda
ordinária de cada Igreja particular para ajudar na formação dos seminaristas das dioceses
mais carentes.
O fundo terá contribuições por 5 anos e, de acordo com Dom Guilherme
Werlang, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça
e da Paz, atualmente 31 dioceses têm receita de até 20 mil reais por mês e 13 possuem
renda de até 10 mil reais. “Todas as dioceses vão contribuir para esse fundo, até
as mais carentes, porque manter um seminarista custa, por mês, cerca de 2 a 3 salários
mínimos. O importante é que todas as dioceses trabalhem irmanadas na formação dos
futuros sacerdotes”.
Dom Guilherme acredita que o projeto vai beneficiar todas
as dioceses. “Não é simplesmente chegar no final do mês e enviar um cheque para o
fundo, mas levar a conscientização de todos os cristãos no sentido da necessidade
da contribuição do dízimo. E no final todos sairão ganhando”.
Dom Odilo Pedro
Scherer, Cardeal-arcebispo de São Paulo, afirmou que o fundo não será suficiente para
suprir todos os gastos da formação de um seminarista, “mas é um passo importante para
a reeducação da nova realidade. Sem a formação de novos sacerdotes, a Igreja terá
problemas no futuro”.
A CNBB divulgou a lista das Dioceses com renda até 10
mil, mensais:
Marajó (PA), São Felix do Araguaia (MT), Corumbá (MS), Borba
(AM), Rui Barbosa (BA), Ponta de Pedras (PA), Paranatinga (MT), São Raimundo Nonato
(PI), Zé Doca (MA), Brejo (MA), Carolina (MA), Bom Jesus do Gurgueia (PI), Bagé (RS).
Já
as Dioceses com renda de 10 a 20 mil, mensais, são:
Abaetetuba (PA), Barra
(BA), Oeiras (PI), Jardim (MS), Lábrea (AM), Cametá (PA), Coroatá (MA), Floriano (PI),
Salgueiro (PE), Itabuna (BA), Tefé (AM), Três Lagoas (MS), Irecê (BA), Coari (AM),
Cristalândia (TO), Cruzeiro do Sul (AC), Crateús (CE), Coxim (MS).