Cidade
do Vaticano (RV) - O Evangelho deste domingo relata a dificuldade dos Apóstolos
em crerem na ressurreição. A influência da dualidade grega, da separação entre corpo
e espírito e a superioridade deste em relação à matéria que era considerada como fadada
a desaparecer, leva os membros da primeira comunidade cristã a terem dificuldades
em crer na ressurreição da carne.
Do mesmo modo que em João, podemos entender
a precisão de Lucas, ao falar que a aparição de Jesus aconteceu de noite, como não
apenas a noite física da natureza, mas a noite da alma, que está repleta de angústias,
de perturbações, de dúvidas.
Jesus aparece no meio deles e faz questão de provar
que possui um corpo, o mesmo que traz as marcas da paixão, que se alimenta, que é
tangível.
É necessário que o Senhor abra nossos corações e nossas inteligências
para podermos crer em sua ressurreição. Não basta vermos e sentirmos, é preciso a
graça, o dom de Deus para entendermos as Escrituras.
Em seguida o Senhor dá
aos seus amigos a missão de serem suas testemunhas. Isso nos leva aos Atos dos Apóstolos,
onde a ação de Pedro deixa claro o que é viver esse mandato. Pedro faz o anúncio do
querigma, ou seja, da novidade eterna: Jesus, o Filho de Deus, morreu e ressuscitou
para nos redimir.
Na terceira leitura, João, em sua carta, nos ensina que conhecer
Deus, conhecer Jesus, é guardar seus mandamentos e sabemos que seu mandamento maior
é amar.
Portanto, nossa missão como batizados é anunciar a redenção de Jesus,
sua ressurreição e amar a todos sem limites.