Corrupção e discriminação da mulher: desafios da Guiné-Bissau. Ouça
Bissau (RV) - Na Guiné-Bissau, o candidato eliminado no primeiro turno das
eleições presidenciais Manuel Serifo Nhamadjo foi nomeado nesta quinta-feira presidente
de transição, após um acordo entre golpistas e os principais partidos da antiga oposição.
Para
sair do impasse provocado pelo golpe de Estado de 12 de abril, a junta militar e a
oposição assinaram um acordo na quarta-feira para criar o Conselho Nacional de Transição
(CNT). Este acordo prevê a organização de um novo pleito presidencial e legislativo
num prazo máximo de dois anos.
Uma semana depois do golpe, o exército da Guiné-Bissau
ordenou na quinta-feira a reabertura das fronteiras com o objetivo de retornar à normalidade.
Por
sua vez, em Nova York, os países de língua portuguesa pediram nesta quinta-feira ao
Conselho de Segurança da ONU o envio de uma "força para a manutenção da paz" na Guiné-Bissau.
Nesses
dias, muito se tem falado sobre a Guiné-Bissau, antiga colônia portuguesa. Mais um
golpe de Estado na semana passada abalou este pequeno país na costa ocidental do continente
africano. Os desafios sociais, políticos e econômicos são inversamente proporcionais
ao tamanho da nação, que conta apenas um milhão e meio de habitantes.
No campo
dos Direitos Humanos, que nos fala dos seus desafios, diretamente de Bissau, é o pároco
da Catedral e coordenador da Comissão Justiça e Paz na Guiné-Bissau, o estadunidense
Frei Michael Daniels, que trabalho há seis anos no país: