STF e aborto de anencéfalos na Assembleia da CNBB. Ouça!
Aparecida (RV) - A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a legalização
do aborto de fetos com anencefalia fez parte das discussões da coletiva de Imprensa
da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde
desta quarta-feira, 18.
O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal
para Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, reiterou a posição da Igreja
Católica a favor da vida. “Mesmo após da decisão do STF, a Igreja continua com o seu
trabalho de conscientização e defesa dos princípios morais e éticos”, acrescentou
o bispo.
Dom Petrini afirmou que ao defender o direito à vida dos anencéfalos,
a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos
teológicos éticos, científicos e jurídicos.
O bispo de Camaçari também mencionou
que o STF decidiu pela legalização do aborto de fetos com anencefalia, erroneamente
diagnosticados como mortos cerebrais. “Considerar este feto como ‘não pessoa’ é o
mesmo que destituí-lo do direito fundamental à vida e descartar um ser humano frágil
e indefeso”, acrescentou.
O bispo ressaltou que a gestação de uma criança com
anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe, porém a mulher que
decidir levar adiante a gestação necessita de assistência de órgãos de saúde.
“Precisamos
questionar se os profissionais de saúde que se recusarem a fazer o aborto serão respeitados
em sua liberdade de consciência. O STF não pensou nas demandas que essa decisão pode
acarretar”, concluiu.
Sobre esse tema, Silvonei José conversou com o Bispo
Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto que falou em exclusiva para a Rádio
Vaticano. Dom Augusto além de bispo é médico: (SP)