Uberaba (RV) - É quase inconcebível, nas dimensões da cultura dos dias atuais,
entender e aceitar que uma pessoa falida, de baixo nível social e econômico, seja
vencedora. Dizemos que isto pode ocorrer quando ela recebe uma grande herança, ou
ganha na loteria, ou pratica ações injustas e desonestas. Nenhum trabalhador verdadeiramente
honesto fica “rico” de um dia para o outro.
Acreditar em Jesus Cristo, como
Deus e como homem, é ter um ato profundamente de fé, vendo Nele um vencido, mas que
conseguir vitória através da paixão e morte na cruz. Isto é interpretado de diversas
formas, mas o fato real é de que ali estava presente a sabedoria divina, uma força
capaz de transformar o ser humano na sua própria identidade.
Entender que a
vida nasce da morte é um desafio, exige mudança de mentalidade e de um novo modo de
pensar e ver as coisas. Não podemos sentir nisto uma mera fantasia, como “coisa de
cristãos”. Acontece que, queira ou não, a esperança da humanidade está em Jesus Cristo,
Aquele que é capaz de tirar da morte a vida em plenitude.
Ao ser condenado,
Jesus foi ignorado pelo povo e pelas autoridades de seu tempo. Será que isto não continua
acontecendo ainda hoje, mesmo que Ele tenha comprovado sua divindade e força libertadora?
Todos os ataques contra a vida não são contra o próprio Cristo? São ações de sofrimento,
constituindo o que chamamos de pecado.
Jesus não é fantasma e nem sombração,
como se fosse uma alma que veio de fora para impressionar seus seguidores. Ele é o
ressuscitado, o mesmo que tinha sido crucificado e morto numa cruz. É justamente daí
que nasce a ação missionária do cristão, cujo cumprimento passa pelos caminhos do
sofrimento.
A vida é uma conquista. Não é busca imediata, com prazer momentâneo,
como acontece muito hoje, porque isto não leva a nada, a não ser reforçar os dados
do egoísmo. Tudo que realizamos sem referências, normas, disciplina, sem limites,
sem entender a cruz, nada construímos e tudo destruímos.