2012-04-13 13:55:37

Diretor do Unaids, em visita ao Vaticano, pede apoio pessoal do Papa no combate ao HIV


Cidade do Vaticano (RV) – O Diretor Executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids, Unaids, Michel Sidibé, encontrou-se com Bento XVI nesta quarta-feira. Ele foi recebido pelo Pontífice em audiência, durante a qual pediu o engajamento pessoal do Papa na luta para a eliminação das infecções nas crianças.

“Em todo o mundo, milhares de pessoas infectadas pelo HIV recebem o suporte de instituições católicas”, disse Sidibé, completando que “o total engajamento da Igreja Católica nos esforços para atingir o nível ‘zero infecções’ em crianças é de grande importância”.

O Vaticano estima que as organizações católicas de saúde provejam 25% de todo o tratamento de HIV no mundo. Os dados de 2010 falam em mais de cinco mil hospitais, 18 mil postos de atendimento e nove mil orfanatos mantidos pela Igreja Católica, muitos dos quais envolvidos no tratamento dessa doença.

Para atingir a meta de acabar totalmente com as novas infecções em crianças até 2015, a Unaids e parceiros lançaram um Plano Global em 2011. Esse plano delineia estratégias que focam especialmente 22 países, os quais juntos somam mais de 90% dos casos de novas infecções em crianças no mundo.

Em seguida da audiência com o Papa, o Diretor da Unaids encontrou-se ainda com o Secretário Geral da Caritas Internacional, Michel Roy. A Organização participa do Plano e constitui-se um parceiro importante, visto que opera em mais de 200 países, oferecendo diferentes tipos de assistência social. De acordo com Michel Roy, a Caritas Internacional pôs a luta contra o HIV como prioridade há mais de 25 anos, e pretende prosseguir nesse caminho.

O representante da Unaids ainda reuniu-se com o Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Turkson, com o qual debateu a problemática da epidemia no Continente Africano.

As Nações Unidas consideram as organizações de base religiosa como um precioso instrumento na luta contra a Aids, e estimam que sejam as responsáveis por 30 a 70% das instituições de saúde na África. Por isso, desde de 2009, busca estreitar relações e parcerias com essas instituições. (ED)







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