2012-04-12 12:17:29

Missão em Moçambique: “há iniciativas e tomadas de consciência”


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Cidade do Vaticano (RV) – O Quadro Missão apresentou, em edições passadas, o trabalho missionário promovido pelo Regional Sul 3 da CNBB em Moçambique.

Padre Maurício da Silva Jardim (na foto), da diocese de Gravataí, no Rio Grande do Sul, foi uma das personagens do quadro Missão. Ele tinha acabado de voltar depois de 3 anos e meio em Moçambique e revelou qual foi – e ainda é – o maior desafio da missão.

“É aquele de que as comunidades tenham, ao menos, uma missa por ano pela falta de padres”.

Com a volta dele, Padre João Carlos Andrade da Silveira é agora o novo missionário em Moma.
Ele nos contou um dos principais desafios que os missionários enfrentam ao chegar à África. Apesar do português ser a língua oficial, raramente é falado nas tribos.

“Aqui, a língua que o povo fala é a língua macua. Então, o missionário precisa aprender ao menos para assinar a celebração, ao presidir a eucaristia e os sacramentos e, claro, se comunicar de uma forma compreensível com o povo. Eu, como recém-chegado, preciso aprender para evangelizar melhor, comunicar melhor”.

Dom Jaime Kohl, bispo da diocese de Osório, no Rio Grande do Sul é o bispo referencial do Projeto Igreja Solidária do Regional Sul 3, que existe há 16 anos. Dom Jaime também esteve recentemente em Moçambique, e notou algumas mudanças desde o início da Missão.

“Há iniciativas e tomadas de consciência. Me parece que existe também um protagonismo dos africanos que, aos poucos, vão se organizando. A Missão também mantém pequenos projetos sociais como, por exemplo, cooperativas de pesca e reflorestamento. Contudo, o aspecto que eu percebi um pouco melhor, que é mais visível, está na participação do povo. As comunidades vão crescendo também em número de católicos. Por exemplo, Dom Gilio (Bispo de Bagé, no RS) em sua última visita, em julho de 2011, fez cerca de 1,4 mil crismas em dez dias”.

Na última renovação, o projeto foi estendido por mais cinco anos. Agora restam três.

“Creio que vamos estender por mais tempo. Vai depender também da caminhada da diocese, a medida que vão surgindo suas vocações nativas, e que elas possam ir assumindo (as responsabilidades) e nós poderemos também, a seu tempo, passar para outras dioceses ou até mesmo outros países. O projeto hoje funciona e é facilitado por uma organização aqui do Regional Sul. Nos dá muita tranquilidade, ainda, para o envio de pessoal, a formação e manutenção deles em Moçambique a coleta que fazemos todos os anos por ocasião de Pentecostes. Então, em todas as dioceses é feita essa coleta que dá sustentação para o projeto”.







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