2012-04-03 13:02:55

Card. Hummes faz visita missionária à Amazônia


Brasília (RV) - Durante o mês de março e o início deste mês, a Comissão Episcopal para a Amazônia realizou importantes visitas em sua região de atuação. O presidente da comissão, Cardeal Cláudio Hummes, esteve em São Gabriel da Cachoeira (AM) onde participou no dia 24/03 da inauguração de uma unidade da Fazenda Esperança na diocese. A visita realizou-se a convite do bispo local, Dom Edson Damian.

Dom Cláudio visitou ainda a Prelazia de Coari (AM) e algumas comunidades da Diocese de Roraima. Em Boa Vista (RR), pregou um retiro para o clero e religiosos da diocese e encontrou-se com os missionários.

Em outra frente, a assessora da comissão, Irmã Irene dos Santos, realizou uma visita missionária com outros dois assessores da CNBB. Pela Comissão para a Missão Continental, o Padre Sidnei Dornellas, que procurou tratar das questões de fronteira; e pelo Setor Universidades a Irmã Maria Eugênia Lloris Aguado. Eles estiveram na Diocese de Alto Solimões (AM) e na Diocese de Roraima, chegando até a reserva Raposa Serra do Sol.

“Nós temos projetos em conjunto: a educação católica na Amazônia e o projeto de levar missionários para lá, especialmente jovens universitários que podem colaborar com sua formação naquela região” - explica Eugênia. Ela conta que esteve reunida com diretores de três instituições públicas de ensino superior, que demonstraram interesse em firmar parceria com a Igreja em diversas ações.

Eugênia avalia os principais desafios que encontrou na região. Em primeiro lugar, o fato de o governo ter facilitado o acesso dos alunos de baixa renda ao ensino superior nas universidades públicas, mas sem oferecer as possibilidades de manutenção, como moradia e alimentação. Essa questão agrava o segundo problema: a droga. “Em Tabatinga (AM), vimos até crianças vítimas do tráfico e do vício” - relata.

Mas há também experiências interessantes, como a da Escola Técnica Surumum, que é totalmente adaptada para as áreas indígenas. “Os alunos passam dois meses na escola e dois meses na comunidade. Assim, tem a oportunidade de praticar o que aprenderam na comunidade onde vivem, especialmente no campo da piscicultura, agricultura e veterinária” - explica Eugênia. “É um bom caminho para fomentar essa troca de saberes” - diz Irene, que lembra que a participação dos alunos nessas escolas é indicada pelas próprias comunidades.

A iniciativa de levar os assessores para a região é da Comissão para a Amazônia, e já foi realizada com outras comissões. “O convite sempre tem em vista a realização de projetos comuns. É uma forma de mostrar as necessidades da região, e como cada um pode colaborar em sua especificidade” - conclui irmã Irene.
(CM-cnbb)








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