Quênia: apelo dos bispos pelo fim do ódio político
Nairóbi (RV) – A Igreja no Quênia alerta para a propaganda violenta no país
e acusa os políticos de acenderem o delate e desestabilizar a convivência com “palavras
de ódio”. Numa nota publicada nesta quinta-feira, o Conselho Nacional das Igrejas
do Quênia alertou aqueles que “demonizam as instituições constitucionais”, lembrando
que “o caos criado após as eleições de 2007 foi o resultado de uma campanha eleitoral
desvairada”.
Os representantes católicos também pediram aos eleitores para
que avaliem atentamente os candidatos locais e suas capacidades antes de votar neles
“para evitar serem enganados e iludidos durante cinco anos com uma liderança incompetente
e corrupta”.
O alerta chega num clima de acalorado debate entre as forças
políticas, divididas sobre a data definitiva para as próximas eleições. O Presidente
Mwai Kibaki e alguns ministros do governo de unidade defendem a data de 4 de março
de 2013, proposta pela Comissão Eleitoral Nacional, enquanto o primeiro ministro e
seus aliados insistem para o mês de dezembro deste ano.
A alimentar as polêmicas
entre a opinião pública também o fato da Corte Penal Internacional ter incriminado,
pelos massacres de 2007, os dois principais candidatos “in pectore” à presidência,
Uhuru Kenyatta do Partido de Unidade Nacional (Pnu) e William Ruto do Partido Democrático
laranja (Odm). (SP)