2012-03-30 15:00:42

Nova tragédia em cárecere hondurenho. A mediação do bispo


Tegucigalpa (RV) - Quatorze pessoas morreram quinta-feira em um incêndio, já sob controle, em uma prisão de San Pedro Sula (norte de Honduras). A tragédia aconteceu depois de um enfrentamento entre presos, segundo as autoridades judiciais da cidade.

A calma retornou ao presídio graças ao bispo auxiliar de San Pedro Sula, Dom Rómulo Emiliani, que mediou entre os presos. “Sinto-me agradecido a Deus, porque foi como um milagre; a situação estava à beira do caos total” – comentou, revelando que os presos lhe asseguraram que não haverá mais conflitos.

Dom Emiliani acrescentou que “Não há água em toda a prisão. A que havia foi usada para apagar o fogo”.

Em audiência, terça-feira, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em Washington, o Estado hondurenho admitiu que nos 24 cárceres do país residem 12.246 presos, 4.000
mais do que sua capacidade.

Dom Emiliani promove a construção de um novo cárcere em San Pedro Sula, onde na prisão existente ele realiza programas de reabilitação de detentos a fim de que após o cumprimento de suas penas possam se reinserir na sociedade.

O fogo começou em um dos módulos da prisão de São Pedro Sula, segunda cidade de Honduras, a 240 km ao norte da capital, e foi apagado pelos próprios presos com baldes de água.

O incêndio alarmou a população, pois acontece apenas um mês e meio depois de Honduras ter sido o epicentro de uma das piores catástrofes carcerárias do mundo, o incêndio da prisão de Comayagua, 90 km ao norte de Tegucigalpa, que deixou 361 detentos mortos.

O Centro Penal Sampedrano tem uma população de cerca de 2.250 presos, mas foi construído para 800. Entre os presos há membros das temidas gangues Mara Salvatrucha (MS) e Mara 18 (M-18), em módulos separados, e outros grupos de narcotraficantes, sequestradores e ladrões de veículos.

A prisão de San Pedro Sula, considerada a cidade mais violenta do mundo segundo relatórios da ONU, é, com frequência, cenário de tragédias e enfrentamentos entre as gangues de presos.
(CM)








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