Entrevista: O desafio de ser mulher na sociedade cubana
Havana
(RV) – Ao se despedir de Cuba, Bento XVI não deixou de recordar o Beato João Paulo
II, e da marca profunda que o país deixou no coração do seu predecessor – um sentimento
certamente recíproco. Mas os frutos daquela visita não foram somente espirituais.
O exemplo disso é a obra que as Irmãs Passionistas de S. Paulo da Cruz desempenham
no município 10 de outubro, a periferia mais populosa de Havana. Neste bairro,
os desafios são proporcionais aos habitantes. Desde 1995, o número de mães solteiras
aumentou, segundo estatísticas oficiais, mais de 60%. As Irmãs falam de exclusão social
e de feridas infligidas na dignidade das pessoas, que enfrentam necessidades familiares,
econômicas e espirituais. Para ir ao encontro desssas mulheres, transmitir a elas
os valores para que saiam dessas condições muitas vezes degradantes, as passionistas
oferecem inúmeros serviços, como distribuição de cestas básicas a 160 famílias, consultas
de medicina natural e acompanhamento psicológico a mais de 600 pessoas, recreação
e formação musical para crianças e um laboratório de produção de imagens sacras, vendidas
às paróquias de todo o país. Uma das freiras que trabalha diretamente com as mulheres
é a Ir. Gisela Lilia Siebeneichler, catarinense de Concórdia, que vive em Cuba há
23 anos. Ela fala sobre o trabalho que realizam e como a presença de João Paulo II
frutuficou concretamente: Qual o principal obstáculo para a inclusão social dessas
mulheres? Vamos ouvir a ir. Neusa Alves de Brito, paranaense de Borrazópolis, há 18
anos em Cuba: (BF)