2012-03-26 22:21:39

Bento XVI chega a Cuba: a cerimônia de boas-vindas no aeroporto


Santiago de Cuba (RV) – Às 14 horas locais, 16 horas do horário de Brasília, nesta segunda-feira, o Santo Padre aterrissou no aeroporto de Santiago de Cuba, para a etapa cubana da sua 23ª visita apostólica internacional. Bento XVI foi recebido pelo Presidente Raul Castro. Presentes também algumas autoridades civis, decanos regionais do Corpo Diplomático, os Bispos de Cuba e um grupo de fieis.

Após o discurso de boas-vindas do Chefe de Estado cubano, o Santo Padre também proferiu seu discurso, o qual iniciou lembrando a histórica visita a Cuba do seu predecessor, o Beato João Paulo II, o qual, conforme Bento XVI “deixou uma marca indelével na alma dos cubanos”. “O seu exemplo e os seus ensinamentos – disse o Santo Padre - constituem uma guia luminosa para muitos, crentes ou não, que os orienta tanto na vida pessoal como na atuação pública ao serviço do bem comum da Nação”.

E o Papa continuou: “De fato, a sua passagem pela Ilha foi uma espécie de brisa suave de fresca aragem que deu novo vigor à Igreja em Cuba, despertando em muitas pessoas uma renovada consciência da importância da fé e encorajando a abrir os corações a Cristo, ao mesmo tempo que reacendeu a esperança e revigorou o desejo de trabalhar corajosamente por um futuro melhor.”

Bento XVI destacou como um dos frutos importantes daquela visita “a inauguração de uma nova etapa nas relações entre a Igreja e o Estado cubano caracterizada por um espírito de maior colaboração e confiança”. Mas ressaltou que, contudo, “permanecem ainda muitos aspectos em que se pode e deve avançar, especialmente no que diz respeito à contribuição imprescindível que a religião é chamada a prestar no âmbito público da sociedade”.

O Santo Padre disse estar “muito feliz por poder partilhar a vossa alegria na celebração do IV centenário da descoberta da imagem sagrada da Virgem da Caridade do Cobre”, cuja “figura cativante esteve, desde o início, muito presente tanto na vida pessoal dos cubanos como nos grandes acontecimentos do País, especialmente durante a sua independência, sendo venerada por todos como verdadeira mãe do povo cubano”.

“Venho a Cuba como peregrino da caridade”, afirmou o Papa, que também relembrou as dificuldades econômicas que muitas partes do mundo atravessam, hoje, ressaltando que “não é possível continuar por mais tempo na mesma direção cultural e moral, que causou esta situação dolorosa que muitos sentem”.

O Pontífice falou sobre a necessidade de “uma ética que coloque no centro a pessoa humana e tenha em conta as suas exigências mais autênticas, de modo especial a sua dimensão espiritual e religiosa”.

O Papa encerrou seu discurso retomando “o imenso patrimônio de valores espirituais e morais que plasmaram a identidade mais genuína do povo”, e então citou o Beato José Olallo y Valdés, o Servo de Deus Félix Varela e o insigne José Martí. Por fim, evocou a bênção do Senhor para a terra cubana e seus filhos, por intercessão de Nossa Senhora da Caridade do Cobre. (ED)








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