Cidade
do Vaticano (RV) - Nestes dias Bento XVI visita dois importantes países da América
Latina: México e Cuba, ambos marcados por forte catolicismo popular e ao mesmo tempo
por governos, que vivem de modo bem forte a separação entre Igreja e Estado.
Apesar
dessa experiência tão arraigada, a fé desses latino-americanos continua tão viva e
robusta, como se vivessem em um país oficialmente católico.
Isso não significa
que não existam mazelas, que tudo praticado pelos batizados esteja de acordo com o
Evangelho, mas sabemos que a aproximação de hierarcas a governos nem sempre voltados
ao bem comum da população, provocou o distanciamento entre Estado e Igreja, que vivenciamos
em anos passados.
A viagem de Bento XVI, realizada neste momento em que a
Igreja se prepara para o Sínodo dos Bispos, cujo tema será a Nova Evangelização e
quando se avizinha o jubileu áureo do Concílio Vaticano II - que aprofundou o caminhar
da Igreja em direção às pessoas marginalizadas e assinalou uma simplicidade na vida
da mesma Igreja - dará ao Sucessor de Pedro, a oportunidade de confirmar a fé de
seus irmãos dentro dessa concepção de nova Igreja, irmã, serva dos pobres, como foi
Maria de Guadalupe, a Padroeira do México e deste Continente, também invocada em Cuba
como Nossa Senhora da Caridade do Cobre.
Como católicos peçamos ao Pai para
que a visita do Santo Padre seja abençoada pela constante presença do Espírito Santo,
que ela incremente a Missão Continental já em curso e abençoe todo o esforço das hierarquias
locais, juntamente com o trabalho dos leigos.
Desejamos que o encontro do Papa
com os Chefes de Estado tenha um resultado mais que protocolar e não só transpareça
a proximidade entre Estado e Igreja na busca do bem comum do cidadão. Desejamos que
o resultado apareça efetivado na vida diária das Comunidades.