2012-03-22 12:56:22

Bento XVI partiu esta manhã de Roma. Após 14 horas de voo, deverá chegar ao México às 16.30 locais (quase meia noite na Europa)


(23/3/2012) Bento XVI partiu às 9.30 do aeroporto de Fiumicino, depois de ter sido saudado pelo primeiro ministro, Mario Monti, dando início a uma viagem de seis dias ao México e Cuba. O Papa enviou a tradicional mensagem de despedida ao presidente da Itália, ao deixar o país, afirmando que a visita pretende "apoiar a missão da Igreja local", nos países latino-americanos, e levar "uma mensagem de esperança".

Regressa assim à América Latina, onde vivem quase metade (49 %) dos 1196 milhões de batizados. Este número corresponde a uma percentagem de 28,34 por cento da população total do continente americano, valor que registou uma quebra de 0,2 por cento entre 2009 e 2010.
A queda do número de católicos na América Latina, o avanço do secularismo e o aumento da influência das seitas são algumas das principais preocupações que Bento XVI tem manifestado, a respeito desta região.
Nesse sentido, o Papa revelou a sua intenção de visitar o México e Cuba para ali "proclamar a Palavra de Cristo e para garantir a convicção de que este é um tempo precioso para evangelizar com fé firme, esperança viva e caridade fervorosa”.
A ideia vai ao encontro das conclusões da última Conferência Geral dos Episcopados da América Latina e das Caraíbas, que decorreu em maio de 2007, em Aparecida (Brasil).
O Papa inaugurou os trabalhos desta reunião magna, que juntou mais de 260 participantes, e convidou os representantes das conferências episcopais da região a não confundirem o Cristianismo com qualquer ideologia política ou partidária.
"Se a Igreja começasse a transformar-se diretamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas, pelo contrário, faria menos, porque perderia a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com uma única via política e com posições parciais questionáveis", alertou.
Perante problemas sociais graves e o avanço das seitas, o Papa considera que Deus e a evangelização são as respostas para os desafios da América Latina e os Bispos foram desafiados a centrarem a sua ação na figura de Jesus para fazer face a um "certo enfraquecimento" da vida cristã.
Esse fenómeno acontece, segundo o Papa, "devido ao secularismo, ao hedonismo, ao indiferentismo e ao proselitismo de numerosas seitas, de religiões animistas e de novas expressões pseudorreligiosas".
Esta é a primeira vez que Bento XVI visita países de língua hispânica na América Latina e é a sua terceira viagem ao continente americano, após a viagem ao Brasil (2007) e aos EUA (2008).








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